Emir Martins estaria prestes a fazer delação premiada

14 de dezembro de 2016 | 21h00 - Atualizada 21h01

"Consciente de que será condenado e de que são muitas as acusações", o ex-procurador-geral do Ministério Público do Estado do Piauí, Emir Martins Maia Filho, preso na operação "Il Capo" deflagrada pelo GAECO - Grupo de Ação Especial Contra o Crime Organizado do no final de outubro deste ano, estaria prestes a assinar um acordo de delação premiada para diminuir a pena a que fatalmente será submetido, segundo comentário feito por um ex-colaborador do acusado contra o qual não paira qualquer suspeita.

Foto: Facebook/Emir Martins Ex-procurador Emir Martins

A avaliação foi feita no final da manhã desta quarta-feira (14) nos corredores do fórum criminal de Teresina e os rumores da delação já circulam nos meios jurídicos há pelo menos uma semana com maior intensidade. Emir comandou o Ministério Público do Piauí de novembro de 2004 a novembro de 2008 em período em que, segundo levantamento do GAECO, teria montado um esquema de desvio de recursos da instituição através de folhas de pagamentos ilícitas, beneficiando principalmente familiares.

EXCLUSIVAS

Delação premiada

Como o próprio nome diz, a delação premiada é uma troca: o delator conta o que sabe e o que interessa mesmo e as autoridades o premiam com uma redução de pena.

Iniciativa

A primeira parte do acordo de delação acontece quando o acusado decide espontaneamente confessar os crimes de que é acusado. E aí faz ao Ministério Público um resumo da confissão.

Benefícios

Depois que o acusado faz um resumo da confissão, fornecendo detalhes, logo em seguida as autoridades revelam os benefícios que deverão surgir em consequência da colaboração.

Redução da pena...

Os benefícios para o delator podem ser a redução da pena, prisão domiciliar e até o perdão judicial, se as informações que fornecer levarem as autoridades a desmontar algo muito grande.

Tira o sono

Nos corredores do fórum criminal advogados comentam que os rumores de que Emir Martins poderá fazer delação premiada, "têm tirado o sono de algumas pessoas".

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Foto: Lucas Dias/GP1Fábio Abreu

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