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Colunista Feitosa Costa
GP1

Maioridade penal precisa ser discutida pela classe política


A classe política não pode continuar empurrando o tema com a barriga, como se diz popularmente. A discussão sobre a redução da maioridade penal é prioritária. A cada dia fica claro que os menores de hoje não são os de 15 anos atrás. Os crimes mais violentos têm sido praticados por rapazes abaixo de 18 anos. Está nesta faixa de idade a maior incidência de assaltos que se transformam, como num passe de mágica, em assassinatos cruéis, atos completamente conflitantes com o comportamento humano.

Estamos na sexta-feira santa e nem esse período constrangerá os assaltantes e criminosos cruéis. Infelizmente é só esperar o balanço dos meios de comunicação no final de semana. É evidente que os criminosos mais experientes estão utilizando os menores, o que não parece chegar à consciência de determinados setores demagógicos que são loucos por holofotes e patrocinam um discurso completamente fora da realidade ensanguentada das ruas do Piauí e do Brasil.

Quinze anos seria o certo

A redução da maioridade penal para 15 anos seria na visão dos que a defendem, o ideal. Pessoalmente sou obrigado a concordar embora ao longo dos anos tenha sido um ardoroso opositor dessa ideia. O sangue nas ruas, as estatísticas e o comportamento bestial de menores na execução de crimes me fizeram mudar e comparar o nosso com outros países que enfrentaram a violência e conduziram reduzi-la com penas mais duras.

Assim como no trânsito

Infelizmente sou obrigado a dar exemplo como este: no trânsito, a maioria dos motoristas para no sinal vermelho porque sabe que desrespeitá-lo implica multa muito alta, assim como andar na contramão e dirigir usando o celular. Caso não houvesse penalidades para essas irregularidades do motorista, ninguém respeitava sinal, dirigia falando ao celular e entrava em qualquer rua.

Assim deve ser na questão das penalidades para os criminosos. Aqueles que matam perversamente uma pessoa precisam saber que passarão pelo menos 25 anos na cadeia e certamente contarão até 10 na hora de apertar o gatilho de uma pistola na cabeça de uma senhora indefesa.

Sentir na pele

Aqueles que fazem discurso demagógico apenas porque acham que se trata de uma posição moderna, correta politicamente, o fazem porque ainda não sentiram na pele a violência praticada por menores facínoras, cruéis e indiferentes ao sofrimento de suas vítimas.

Arrependimento

Tenho uma amiga que era radicalmente contra a redução da maioria penal por questões ideológicas. Um dia, infelizmente, a sua casa foi invadida por quatro menores, todos armados e nervosos. Foram duas horas de tensão, humilhação e sofrimento. Ela percebeu no olhar de um deles a vontade incontrolável de matar por prazer. A família escapou por um milagre, mas uma de suas filhas levou uma forte coronhada e por pouco não morreu. Hoje a minha amiga é uma intransigente defensora da redução da maioridade.

A decisão é política

O projeto que reduz a maioridade está no Congresso. A decisão é dos políticos e a sociedade aguarda que alguma coisa seja feita imediatamente.

Ninguém aguenta

Ninguém aguenta mais assistir assassinatos praticados por menores todos os dias e vê-los ir embora para casa sem qualquer punição, muito ainda zombando de vítimas e autoridades. Basta, não dá mais para aguentar, tem sido derramado muito sangue de cidadãos inocentes e trabalhadores nas ruas de Teresina e do Brasil.

Pressão

É hora da população pressionar seus políticos, principalmente os dez deputados federais e os três senadores do Piauí para que tomem uma atitude.

Trancado dentro de casa

Podem anotar: se nada for feito com relação ao endurecimento das penas e a redução da maioridade penal, daqui a três anos ninguém conseguirá sair mais de casa para trabalhar tendo certeza que vai voltar para casa.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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