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Colunista Feitosa Costa
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Mulher que bancava mandante foi pivô da morte do cabo Claudemir


Investigadores do Grupo de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil e do Serviço Reservado da Policia Militar do Estado descobriram nas últimas horas a existência de uma mulher, bem situada financeiramente, que "bancava" o fiscal de pista da Infraero Leonardo Ferreira Lima, preso sob acusação de ser o mandante do assassinato do cabo do Batalhão de Operações Especiais Claudemir de Paula Sousa, de 33 anos, no início da noite da última terça-feira, no conjunto Saci, que seria o pivô do crime. As informações indicam que ao se aproximar do cabo, a mulher teria diminuído o apoio ao acusado.

  • Foto: Instagram/Claudemir SousaClaudemir SousaClaudemir Sousa

Conhecida como Ocionira, a mulher deve comparecer nas próximas horas à presença do presidente do inquérito, delegado Carlos Cesar Camelo, para dar explicações sobre o seu relacionamento com o cabo, do qual teria se aproximado por ocasião das eleições municipais deste ano. A mulher seria administradora de um órgão da área de saúde mental.

EXCLUSIVAS

Polícia investiga em duas linhas execução do cabo do BOPE

O Grupo de Repressão ao Crime Organizado - Greco - e o Serviço Reservado da Polícia Militar, investigam em duas linhas a motivação para a execução, no início da noite da última terça-feira (06), em frente a uma academia do bairro Saci, do cabo do Batalhão de Operações Especiais da PM (BOPE) , Claudemir de Paula Sousa, 33 anos. O crime seria passional ou por questões de dívidas que poderiam ter sido contraídas pelo policial.

A revelação foi feita por um coronel da Polícia Militar, diretamente envolvido nas investigações. A polícia já sabe, por exemplo, que Leonardo Ferreira Lima, suposto mandante, passou grande parte da vida no bairro Saci, onde hoje moram seus familiares e que viveu com pelo menos quatro mulheres. Com a primeira ele se casou e tem um filho de 11 anos que reside com seus pais. Leonardo tem uma garota de 7 anos, nascida do seu segundo casamento.

Muitas separações

O segundo relacionamento de Leonardo, não durou mais do que oito meses. Ele simplesmente deixou a mulher sem qualquer explicação, saindo da residência que organizara no bairro Morada do Sol. Depois teve o terceiro relacionamento, quando também deixou a mulher e agora o quarto, que também havia rompido.

A coluna apurou que Leonardo e sua última mulher compraram juntos um apartamento no bairro Cristo Rei. A separação não teria sido ocasionada por ciúmes da parte dele, mas da mesma forma em que os relacionamentos anteriores foram rompidos. No caso de prevalecer à motivação passional, os supostos ciúmes seriam de outra mulher que se chamaria Ocionira.

Casa de peças

Quando se casou pela primeira vez o suposto mandante do assassinato do cabo do Bope, Leonardo Ferreira trabalhava numa casa de peças localizada na Avenida Barão de Gurgueia, na zona sul de Teresina. Depois do casamento resolveu fazer concurso para a Infraero e foi aprovado, segundo levantamento desta coluna junto a pessoa muito próxima de uma das mulheres com quem viveu.

Cabo pediu armamento mais potente

Depois de sofrer dois ataques, um há cerca de 30 dias e outro há uma semana, o cabo do Bope Claudemir de Paula Sousa, executado no início da noite da última terça-feira, no bairro Saci, como resultado de uma trama, procurou o comando do Batalhão de Operações Especiais para narrar os episódios e solicitar armamento mais moderno e potente, segundo revelação feita ontem pelo coronel Lindomar Castilho, subcomandante da Polícia Militar do Estado.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Subcomandante, Lindomar CastilhoLindomar Castilho

O coronel também revelou que o militar, tido como aplicado e muito dedicado ao grupo, foi atendido pelo comandante, mas não forneceu informações sobre a origem dos ataques que sofrera, revelando apenas que conseguira escapar, numa das oportunidades correndo para se proteger uma vez que pensara se tratar de um assalto.

Mulher pode ter orientado assassinos de dentro da academia

Policiais do Grupo de Combate ao Crime Organizado e do Serviço Reservado da Policia Militar (inteligência) estão praticamente convencidos de que o cabo do Bobe Claudemir de Paula Sousa só foi surpreendido por seus matadores porque, logo que saiu da academia, uma mulher, que seria companheira de um dos assassinos, avisou com precisão a sua posição, de dentro da academia, possibilitando o ataque de surpresa.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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