Leonor Evaristo
Thais Guimarães
Após três meses do assassinato brutal do técnico de enfermagem André Lopes de Barros, natural de Bom Jesus, no Piauí, a polícia revelou detalhes perturbadores do latrocínio ocorrido no dia 1ª de abril deste ano, em Ceilândia (DF). As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (1º), após audiência de instrução e julgamento do suspeito, Allan Soares Bezerra, que foi preso 10 dias após o crime.
André Lopes foi encontrado morto em seu apartamento. Ele estava sem roupas e deitado na cama com os braços e pernas amarrados com fios de ferro de passar roupa e seu ânus apresentava ferimentos, com sinais de abuso.
Testemunhas que encontraram o corpo do técnico de enfermagem relataram que o local do crime estava revirado e havia um cheiro forte de putrefação e odor de café. A Polícia Civil do Distrito Federal afirmou que encontrou borra de café espalhada entre o chão e a porta, certamente na tentativa de disfarçar o cheiro do cadáver. Também havia água e a geladeira estava aberta para resfriar o ambiente.
Os policiais relataram no depoimento que a cena do crime era perturbadora. Foram deixados no local bitucas de cigarro, porém, a vítima não era fumante. De acordo com as investigações, foram levados diversos objetos do local, celular, notebook e aparelho medidor de pressão arterial.
Relembre o caso
André Lopes foi visto pela última vez na noite de 1º de abril, em dois bares de Ceilândia. No dia 04, um vizinho e amigo da vítima bateu por diversas vezes na porta do apartamento do seu, mas não obteve resposta. Ele acabou ligando para a proprietária do imóvel, que abriu a porta com uma chave reserva. O quarto de André estava trancado e a porta foi arrombada. O rapaz foi encontrado sem vida em situação degradante.
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