Leona da Mata
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se entregou às autoridades policiais do condado de Fulton, na Geórgia, por volta das 20h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (24). O motivo da prisão está relacionado a um processo em curso que investiga supostas fraudes eleitorais cometidas pelo republicano durante a eleição de 2020. O ex-presidente dos Estados Unidos cumpre protocolo e não ficará preso porque pagou fiança de US$ 200 mil para responder em liberdade
As acusações incluem a violação da lei de extorsão e subversão eleitoral no estado da Geórgia, com o intuito de reverter a derrota de Trump para Joe Biden no pleito de 2020. A promotora Fani Willis, que lidera as investigações do caso, apresentou 13 acusações contra Trump na semana passada. Além do ex-presidente, outras 18 pessoas também foram formalmente acusadas no contexto eleitoral na Geórgia.
No início desta semana, Trump concordou em pagar uma fiança de US$ 200 mil para permanecer em liberdade enquanto responde ao processo. Esse valor equivale a cerca de R$ 1 milhão.
As acusações formuladas pela promotora Willis alegam que "Trump e os outros réus mencionados nesta acusação recusaram-se a aceitar a derrota de Trump e, de forma consciente e voluntária, se envolveram em uma conspiração para alterar ilegalmente o resultado da eleição a favor do ex-presidente".
A conspiração, segundo a promotoria, envolvia "um plano e propósito comuns para cometer dois ou mais atos de extorsão no condado de Fulton, na Geórgia, em outras partes do estado da Geórgia e em outros estados".
Um telefonema realizado em janeiro de 2021, no qual Trump instou o então secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, a "encontrar" cerca de 12 mil votos para reverter a vantagem de Biden, é apontado como evidência do grau de empenho do ex-presidente em reverter sua derrota no estado.
A influência republicana na legislatura e no poder executivo da Geórgia tornou o estado um dos principais alvos das ações de Trump.
A entrega de Trump às autoridades ocorre logo após o primeiro debate das prévias republicanas, realizado na noite de quarta-feira (23). Apesar de liderar as pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente optou por não participar e aconselhou seus concorrentes a desistirem da disputa.
O debate contou com a presença de oito políticos do partido que atenderam aos critérios estabelecidos pelo comitê eleitoral, incluindo o apoio de pelo menos 40 mil doadores individuais de campanha e um mínimo de 1% de aprovação em três pesquisas nacionais ou duas pesquisas nacionais e duas pesquisas estaduais que atendessem aos critérios do comitê.
Ver todos os comentários | 0 |