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Advogado Antonio Morais avalia crise na segurança pública

Morais, que também é advogado criminalista, disse que inicialmente é preciso reforçar a fiscalização nas fronteiras brasileiras para barrar a entrada de armamento.

O ex-secretário de Segurança Pública do Piauí e delegado federal aposentado, Antonio Morais fez uma breve análise, durante entrevista ao GP1, da crise atual da Segurança Pública do país e elencou algumas medidas que julga serem necessárias para amenizar os problemas que o setor vive.

Morais, que também é advogado criminalista, disse que inicialmente é preciso reforçar a fiscalização nas fronteiras brasileiras para barrar a entrada de armamento e evitar o abastecimento dos grupos criminosos.

“Eu iniciaria, por exemplo, com uma presença mais efetiva do estado policial nas fronteiras terrestres do Brasil, principalmente com a Colômbia, Bolívia e Paraguai, para evitar que entre essa grande quantidade de armas pesadas que os bandidos estão utilizando constantemente nas ações. Deveria haver maior presença do estado policial para que, junto com Polícia Federal, possa atuar mais forte para evitar que essas armas entrem no Brasil”, sugeriu.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Antônio MoraesAntônio Moraes

O ex-secretário disse também que é preciso investir mais em tecnologia e no setor de inteligência das polícias Militar e Civil do estado do Piauí. “Tem que investir em tecnologia e na parte de inteligência das polícias Militar e Civil. Nós sempre estamos andando atrás das ações dos bandidos. Eles sempre estão em nossa frente, então temos que ter mais informação e tecnologia”, frisou.

Dois turnos

Antonio Morais comemorou o fato de o Tribunal de Justiça começar a funcionar em dois turnos, pois ele acredita que isso servirá para dar mais celeridade a processos que estão emperrados ou caminhando a passos lentos.

 “Já tomei conhecimento que a Justiça Criminal do Piauí vai agora funcionar em dois turnos. Pela manhã e tarde. Isso é um grande passo para que os processos criminais andem. O processo criminal não é só para condenar é para inocentar também. O que importa é que estes processos andem para que se possa separar o joio do trigo, para que condene quem tiver que condenar e absolva quem tiver que absolver”, disse.

Crise prisional

Outro ponto nevrálgico e que foi ressaltado pelo advogado foi acerca da crise no sistema prisional do país. “Tem que se investir em prisões penitenciárias, mas separando aquelas pessoas que cometeram crimes mais graves daquelas que cometeram crimes mais leves. Estes acusados têm que ficar separados para que não haja aquele convívio perverso do bandido mais perigoso com o de menor periculosidade”, destacou.

Corregedorias mais atuantes

Antonio Morais cobrou uma atuação mais efetiva das corregedorias de polícias Civil e Militar. “Essas corregedorias têm que ser mais atuantes. Houve qualquer indício de desvio cometido por qualquer policial seja civil ou militar, ele tem que ser afastado imediatamente. Eu não defendo que se condene antecipadamente as pessoas, mas estas têm que ser afastadas para que respondam as acusações e se provarem que não são culpadas que retornem normalmente às atividades policiais”, cobrou o ex-secretário de Segurança.

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