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Advogado Gilberto Ferreira acusa Robert Rios de criar tese de suicídio no caso Fernanda Lages

"Mesmo que seja constatado que ela tinha perfil suicida, não comprova que ela se matou", declarou o criminalista.

Neste sábado (26), durante o programa Painel da Cidade apresentado pelo jornalista Joel Silva na Rádio Pioneira, o advogado e comentarista Gilberto Ferreira fez declarações polêmicas sobre o caso Fernanda Lages. 
Imagem: ReproduçãoLocutor Joel Silva e o advogado Gilberto Ferreira.(Imagem:Reprodução)Locutor Joel Silva e o advogado Gilberto Ferreira.

O advogado criminalista disse que o Secretário de Segurança Robert Rios teria sido o responsável por criar a tese de que Fernanda Lages se suicidou e disse que o trabalho de autópsia psicológica não vai acrescentar em nada.

“Foi o Robert Rios quem criou essa idéia do suicídio de Fernanda Lages no inquérito da Polícia Civil. É uma tese completamente absurda. As estatísticas estão aí para provar, ninguém que se mata se joga de prédio de 6 andares. Os suicidas aqui em Teresina costumam jogar do 10º andar em diante e procuram lugares movimentados e durante o dia, onde serão vistos”, declarou.

Em entrevista ao GP1, Gilberto Ferreira reiterou as declarações feitas no programa de rádio e disse discordar do resultado dos inquéritos tanto da polícia civil como da polícia federal.

“Quando a Polícia Federal entrou no caso eu já sabia que não ia dar em nada, porque todos os vestígios do crime já haviam se perdido. Durante todo o inquérito a Polícia Federal trabalhou tentando compensar essa ausência e consertar os erros da Polícia Civil. No inquérito diz que o cenário sugere suicídio, mas não conclui que de fato foi suicídio, apenas diz que a morte foi causada pela precipitação. Os dois inquéritos são um festival de enrolação”, declarou.

O advogado prosseguiu contestando a importância do trabalho que está sendo realizado por peritos no sentido de traçar o perfil psicológico de Fernanda Lages. Segundo ele, os promotores tiveram boa intenção ao requerer a autópsia psicológica para satisfazer o interesse da sociedade, mas não acredita que o trabalho vai contribuir para a resolução do caso.

“Na minha opinião, o resultado desse trabalho dos peritos não vai alterar em nada, porque mesmo que seja constatado que ela tivesse um perfil suicida não comprova nem significa dizer que ela se matou. A polícia deveria estar preocupada é em procurar saber quem matou Fernanda. Com certeza existem pessoas ligadas ao homicídio que trabalham no sentido de ocultar essas informações, pessoas da elite política do Piauí. E a Polícia Civil não tem o menor interesse de descobrir quem são”, declarou.

O outro lado 

O secretário Robert Rios rebateu as acusações. “Em primeiro lugar, quando a Fernanda Lages morreu, eu não era nem secretário. O secretário de segurança na época era o Raimundo Leite. Em segundo lugar, o inquérito foi realizado duplamente, pela polícia civil e pela polícia federal. Não houve vestígio perdido e mesmo assim eu pergunto: se a Polícia Federal teve liberdade para investigar até o mensalão, porque não teria para investigar o caso Fernanda Lages? No mais, eu nem o conheço e, portanto não gostaria de comentar essas declarações dele”, finalizou.

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