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Teresina - Piauí

Advogado relata agressões verbais de Dr. Lázaro contra secretária

A vítima trabalhava como secretária na clínica Urogin em Teresina, de propriedade do vereador Dr. Lázaro.

Em entrevista ao GP1, o advogado Marcus Vinicius Medeiros, comentou o caso da secretária que afirmou ter sofrido agressão psicológica do vereador Dr. Lázaro (PPS), o que teria feito com que ela sofresse um aborto. Ele garante que sua cliente está muito abalada com o caso e que esse tipo de agressão era recorrente.

A vítima trabalhava como secretária na clínica Urogin, em Teresina, de propriedade do vereador Dr. Lázaro. Ela registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher na semana passada, relatando que foi agredida verbalmente pelo vereador e que isso acabou fazendo com que perdesse o bebê. Ela estava com quase um mês de gestação.

  • Foto: Arquivo Pessoal/Marcus ViniciusAdvogados José Alberto Júnior e Marcus Vinicius Medeiros atuam no casoAdvogados José Alberto Júnior e Marcus Vinicius Medeiros atuam no caso

Marcus Vinicius afirmou que a sua cliente está muito abalada e que ela já fez exames que comprovam que estava grávida. “Ela está muito abalada psicologicamente, chora muito. Nós temos provas. Ela estava gestante, fez exames, temos laudos, estamos agilizando a questão das provas testemunhais para poder entrar com o processo contra ele. Ela fez exames que comprovam que na data [da agressão] ela estava gestante. Ela tinha feito o exame Beta e sabia da gravidez, mas como estava muito recente, não chegou avisar a empresa [sobre a gestação]”, afirmou.

O advogado explicou que a vítima era alvo de agressões verbais constantes e que vereador fazia isso com todos os funcionários da clínica. “Ela estava há quase dois anos na empresa e sempre vinha acontecendo esse tipo de assédio moral, com xingamentos. E não era só com ela, era com todos os funcionários. Durante todo esse tempo, os funcionários ficavam tão traumatizados, que quando ele ligava para a clínica para resolver alguma coisa, todo mundo tinha medo de atender, pois sabia que ele iria ‘soltar os cachorros’. A esposa dele trabalha lá e dizia que esse era o temperamento dele [Lázaro]”, disse Marcus.

Em um programa de televisão, o Dr. Lázaro negou as acusações e afirmou que só ficou sabendo do caso pela imprensa. Alegou ainda que a vítima terá que comprovar que estava grávida na ocasião da agressão.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Vereador Dr. LázaroVereador Dr. Lázaro

“Ele foi para a televisão e deu uma entrevista sarcástica, rindo, mostrando uma bipolaridade. Na frente das câmeras é de um jeito e com os funcionários é agressivo. Ela já fez o Boletim de Ocorrência e ontem ele não compareceu para a primeira audiência. Mesmo intimado ele não compareceu. Ele foi informado, oficializado, inclusive na Câmara Municipal. A próxima audiência será no dia 4 de maio”, destacou.

Marcus afirmou que, além da investigação policial, ingressará com uma Reclamação Trabalhista. “Ela ainda recebe ligações da empresa para voltar, pois o contrato dela ainda não foi rescindido, mas ela não tem condições de voltar. Tem pesadelos com ele e com aquele lugar. Então a gente vai entrar com a Reclamação Trabalhista para rescindir esse vínculo”, finalizou o advogado.

  • Foto: Arquivo Pessoal/Marcus ViniciusBoletim de OcorrênciaBoletim de Ocorrência

Vereador nega agressões

Em nota de esclarecimento encaminhada para o GP1, a assessoria de imprensa do vereador negou as acusações. “Quanto à acusação de o fato ter supostamente ocasionado a interrupção da gravidez, ele informa que nada colocado na reunião poderia acarretar um trauma que pudesse levar a tanto e garante ainda que ela foi examinada por uma ginecologista da clínica, que não comprovou a positividade”, destacou.

Confira a nota na íntegra:

O Dr. Lázaro Carvalho esclarece que as denúncias feitas por uma funcionária de sua clínica, na Delegacia da Mulher, quanto a agressões verbais e físicas sofridas durante o expediente, não correspondem a verdade.

O fato divulgado na mídia, não teve as proporções das quais a funcionária relatou em seu depoimento. O que houve foi uma reunião que é realizada mensalmente, com todas as colaboradoras, e que em nenhum momento houve o mínimo de desrespeito coletivo ou individual.

O médico afirma ainda que a funcionária em questão não foi presa em uma sala, como também foi relatado no depoimento, pois apesar de a reunião ter sido realizada a portas fechadas, ninguém estava impedido de entrar ou sair do local.

Dr. Lázaro afirma ainda que a mesma só informou sobre a gestação, dias após a reunião citada.

Quanto a acusação de o fato ter supostamente ocasionado a interrupção da gravidez, ele informa que nada colocado na reunião poderia acarretar um trauma que pudesse levar a tanto e garante ainda que ela foi examinada por uma ginecologista da clínica, que não comprovou a positividade.

Att,

Assessoria de Comunicação do Dr. Lázaro Carvalho

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