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Política

Antonio José Lira diz foi ameaçado por advogado de Mainha

Em resposta, o deputado disse estranhar as palavras agressivas e caluniosas do vereador e adiantou que vai acionar a Justiça por calúnia e difamação.

“Ele pode tomar providências até no inferno. Não retiro nada”. Foi assim que o vereador Antonio José Lira (DEM) reafirmou, na sessão plenária desta quarta-feira (02), as duras criticas que fez ao deputado federal Mainha (SDD) a quem ele voltou a chamar de gigolô do Palácio de Karnak e do Palácio da Cidade.

Ao GP1, Lira explicou que o motivo de tanta indignação, segundo ele, iniciou depois que o deputado federal Mainha enviou, à Câmara, ontem (01), um advogado para fazer ameaças ao pronunciamento dele quanto às pessoas que acabam com siglas partidárias e saem para adotar a mesma prática em outra legenda. Lira adiantou que Mainha pode adotar as providências que julgar necessárias, mas não vai mudar de posicionamento.
Imagem: Lucas Dias/GP1Vereador Antônio José Lira(Imagem:Lucas Dias/GP1)Vereador Antônio José Lira
“Não divulgaram que o deputado enviou um advogado ontem para intimidar minha fala. Eu nem estava falando dele, mas ele vestiu a carapuça. Quando eu soube, fiquei indignado. Hoje reafirmei tudo que havia dito e falei que não retiraria nenhuma vírgula, é mais fácil eu acrescentar. Não tenho medo de processo, de ameaças e nem de macho. O deputado Mainha é um gigolô de partido, do Palácio de Karnak e Palácio da Cidade. Só quem me cala é Deus e o povo. Ele pode tomar providencias até no inferno”, disparou Lira.

Quebrou o DEM


O vereador também falou sobre a situação que encontrou o DEM depois que assumiu o diretório do partido em Teresina e afirmou que Mainha, quando saiu da presidência democrata, deixou uma dívida de quase duzentos mil reais que teria sido paga pela direção nacional.

“Quando assumi o diretório tive o diagnóstico real da situação do DEM que estava praticamente liquidado. O partido estava inativo e por isso, não tinha senha para filiar um eleitor. Isso não era só por contas reprovadas e sim porque nem eram entregues. Era uma falta de compromisso, descaso e responsabilidade. Inclusive, uma dívida de R$ 190 mil reais que ele deixou, foi paga pelo José Agripino, do DEM de Brasília. Tudo está comprovado e prestado conta. Ele nem deu satisfação. O fundo partidário da legenda só vai poder ser legalizado a partir de agosto de 2016. Estamos vivendo de doações legais feitas por mim. Posso provar tudo isso, basta ele querer”, ameaçou.

Na cacunda de ex-senador


O vereador disse também que o deputado federal “sempre esteve na cacunda de um ex-senador da república”.

“Eu não falei nenhuma mentira, e agora ele tenta impor um comportamento, mas todos sabem que ele é refém dos governos. Não se admite que um presidente acabe com um partido e depois vá para outro fazer a mesma coisa sem nenhuma punição”, lamentou o parlamentar.

Vida pessoal

Antonio José Lira garantiu que quando usou o termo gigolô não se referia ao lado pessoal do deputado Mainha. “Quando se fala em gigolô a pessoa pensa logo na vida pessoal e não é. Ele quer desvirtuar as coisas para tentar sair como coitado. Mas, as coisas que ele fez, são absurdas. Isso sim é errado”, concluiu.

Mainha vai acionar Justiça

Imagem: Lucas Dias/GP1Deputado Federal (PMDB) Mainha (Imagem:Lucas Dias/GP1)Deputado Federal (SDD) Mainha
Por meio de uma nota de esclarecimento enviada ao GP1, nesta quarta-feira, o deputado Mainha disse estranhar as palavras agressivas e caluniosas do vereador e adiantou que vai acionar a Justiça por calúnia e difamação.

Nota na integra

Comprometido com o meu papel à frente das missões que desempenhei até aqui na minha vida pública, estranho as palavras agressivas e caluniosas a mim dirigidas hoje em sessão plenária do executivo municipal teresinense. Diante do exposto na imprensa, torno público a decisão de acionar a instância jurídica por calúnia e difamação já que as denúncias proferidas por um vereador de Teresina não tem sustentação.

Cabe ainda esclarecer à população que ao assumir a presidência do DEM, já encontrei um quadro de funcionários que foi mantido até o final da minha gestão. Tempo em que também foram efetuados pagamentos de rotina para despesas próprias do partido, todas devidamente registradas em prestação de contas oficial.

A mim interessa o debate dos assuntos públicos no nível que a população merece e entendo que se houver qualquer coisa que desabone a minha contribuição ao mencionado partido, que o faça o atual gestor através de instâncias competentes para avaliar e julgar os méritos. Sugiro inclusive que o mesmo busque o Ministério Público para tratar do tema e levantar o debate com argumentos sérios e verdadeiros.

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