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Política

Após Reforma, Planalto ainda teme votação de pauta-bomba

Reforma Ministerial não foi suficiente e Planalto teme votação.

Imagem: Zeca RibeiroRicardo Berzoini(Imagem:Foto: Zeca Ribeiro)Ricardo Berzoini

A Reforma Ministerial não foi suficiente para aumentar a expectativa de votos favoráveis à manutenção de vetos presidenciais na sessão do Congresso desta terça-feira (6).

Na segunda-feira (5) houve uma reunião entre líderes da base governista na Câmara e o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e o Planalto estimou ter os mesmos 200 votos que contabilizava antes da dança das cadeiras da reforma.

Os vetos são uma “pauta-bomba” que se ativada, aumenta consideravelmente os gastos da União. Lideranças partidárias dizem que as trocas promovidas pelo governo podem não dar ao governo o resultado esperado no Congresso.

Berzoini fez um apelo aos líderes da Câmara e do Senado para que os vetos sejam mantidos. O que mais preocupa a Esplanada é o reajuste dos servidores do Judiciário. O impacto é de 36,2 bilhões de reais até 2019, de acordo com o governo.

Para ser derrubado, cada um dos vetos precisa ter pelo menos 257 dos 513 votos dos deputados e 41 dos 83 senadores. José Guimarães (CE), líder do governo, admitiu que a votação não será tranquila. “Eu não posso antecipar a votação. Política é risco. Mas estamos confiantes”, afirmou.

O líder do PP, Eduardo da Fonte (PE) afirma que o “governo conta com a consciência dos parlamentares para os danos que a derrubada dos vetos pode causar à economia do Brasil”.
No PP muitos parlamentares reclamaram que legendas não tão fieis ao governo receberam ministérios com orçamentos vultuosos, como é o caso do PDT, que deixou a base do governo e ainda recebeu o Ministério das Comunicações, cujo orçamento este ano é de 788 milhões de reais.

O PSD, com dezoito deputados, manteve o comando do Ministério das Cidades, mas perdeu o da Micro e Pequena Empresa. No PCdoB também houve descontentamento, o ministro Aldo Rebelo foi transferido de Ciência e Tecnologia para a Defesa. Onze deputados do partido consideraram a troca bastante injusta já que a nova pasta é estritamente técnica e não dialoga com sua base social.

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