Fechar
GP1

Economia e Negócios

Brasil tem maior diferença salarial entre homens e mulheres

A pesquisa foi feita com dados de 46 países e o Brasil ficou em primeiro lugar no ranking de discrepância de renda entre gêneros.

Nesta terça-feira (24) a Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório que afirma que o salário médio de uma mulher brasileira com educação superior corresponde a apenas 62% do de um homem com a mesma escolaridade. A pesquisa foi feita com dados de 46 países.
Imagem: Getty ImagesBrasil tem maior diferença salarial entre homens e mulheres(Imagem:Getty Images)Brasil tem maior diferença salarial entre homens e mulheres
O número coloca o Brasil empatado com o Chile, no primeiro lugar de maior discrepância de renda entre gêneros no mercado de trabalho. No Brasil, 72% dos homens que concluíram o ensino superior ganham mais de duas vezes a média de renda nacional. Entre as mulheres, a taxa cai para 52%.

O detalhamento dos dados do Brasil comparado aos dos demais países – 34 países membros da OCDE e 12 parceiros da organização – estava previsto para ser feito na manhã desta terça pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep/MEC).

"As mulheres conquistaram algo que é recente, que é a maior participação na educação superior, e isso é refletido também na remuneração", disse Carlos Eduardo Moreno, diretor de estatísticas educacionais do Inep.

José Francisco Soares, presidente do órgão, relatou que as mulheres são maioria nas inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), totalizando 60% dos candidatos. "Nosso papel ao produzir esses indicadores é ajudar a não colocá-los debaixo do tapete", disse.

Education at a Glance 2015, como é intitulado o relatório, traz informações educacionais referentes ao ano de 2013 e dados financeiros de 2012. O Brasil destaca-se por aumentar os investimentos públicos em educação, a cada 100 reais, 17,20 reais foram destinados ao setor. Apenas Nova Zelândia e México apresentam proporção maior: pouco mais de 18%.

O relatório afirma ainda que o Brasil tem 21 alunos por sala de aula nos anos iniciais do ensino fundamenta – está abaixo da média da OCDE, que registra 15 alunos por turma, em média.

O país é também o “campeão” na taxa de jovens brasileiros, entre 20 e 24 anos, que não estavam estudando em 2013: 76%. Na mesma faixa etária, o índice de emprego era de 52%, também a mais alta entre os países pesquisados.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.