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Cabo da Polícia Militar diz que filho foi chamado de ladrão dentro de escola por diretor em Teresina

"Eu não acusei ninguém de ladrão. O que aconteceu é que peguei ele mexendo numa bolsa e perguntei se a bolsa era dele, se não fosse ele não poderia mexer no material que não fosse dele",disse

O Cabo da Polícia Militar de Teresina, Cabo Lima, procurou o GP1 para denunciar o diretor da escola Premen-Norte, Cosmo Barros. O filho do cabo estuda nesta escola e afirma que foi chamado de ladrão pelo diretor. O adolescente de 16 anos que desde seu nascimento sofre com problemas cardíacos passou mal em sala de aula e teve que ser medicado às pressas após o acontecimento do fato.

Segundo relato do estudante, o episódio aconteceu na manhã do dia 10 de abril deste ano quando ele estava mexendo em sua mochila durante o horário em que não havia professor. O diretor ao vê-lo mexendo na bolsa teria dito, segundo o aluno: “Agora já sei quem é o ladrão daqui”. O estudante que sofre de problemas cardíacos alega ter passado mal na hora.

Imagem: Thayse Oliveira / GP1Cabo Lima(Imagem:Thayse Oliveira / GP1)Cabo Lima
Logo em seguida o aluno ligou para seu pai relatando o que havia acontecido. “Ele me ligou chorando dizendo que o diretor havia o chamado de ladrão. Imediatamente fui ao colégio porque ele sofre de problema cardíaco, ao chegar na escola deixei minha arma no carro e entrei no colégio. Procurei o diretor e o chamei pra conversar, mas ele não aceitou. Ao passarmos pelo corredor que estava cheio de alunos ele veio cheio de valentia para cima de mim. Então chamei uma viatura, quando percebi que ele estava saindo de lá liguei novamente para a viatura informando que ele já estava saindo da escola, neste momento passei pela frente do portão de saída e então o diretor me acusou de estar impedindo a saída dele do colégio”, afirmou o Cabo Lima.
Imagem: Thayse Oliveira / GP1Atestado médico que comprava que o estudante possui problema cardíado(Imagem:Thayse Oliveira / GP1)Atestado médico que comprava que o estudante possui problema cardíado

O cabo após medicar seu filho o levou até a delegacia do menor para registrar a queixa contra o diretor. “Fui até a delegacia do menor e registrei a queixa contra ele. Procurei um advogado e ele me orientou que meu filho fosse até escola e assistisse aula normalmente. Então orientei meu filho que ele só falasse com diretor se fosse acompanhado de alguém. Ao chegar na escola no dia seguinte, o diretor chamou meu filho para conversar, ao ir ele tomou a carteirinha do meu filho e amassou na frente dele e de outro colega e ainda o suspendeu até o dia 28 deste mês ”, disse o Cabo.

O pai do estudante ainda relatou que chegou a chamar policiais para irem com ele até o colégio. “Meu filho me ligou informando o que havia acontecido, antes de chegar ao colégio chamei os policiais da Companhia do Por Enquanto. Chegando lá o diretor já havia chamado os policiais do pelotão escolar então o tenente responsável chegou ate mim e disse que o diretor havia me denunciado por ameaça de morte. Ainda me fez assinar um documento que eu não posso mais passar na frente do colégio.

Outra medida tomada pelo Cabo foi contratar um advogado que já preparou toda documentação pedindo o afastamento do diretor.

Outro lado

O GP1 entrou em contato com o diretor Cosmo Barros que negou ter chamado o estudante de ladrão e que o estudante tenha passado mal. “Eu não acusei ninguém de ladrão e ele não passou mal nada. O que aconteceu é que peguei ele mexendo numa bolsa e perguntei se a bolsa era dele, se não fosse ele não poderia mexer no material que não fosse dele. Logo ele me respondeu dizendo : Tá me chamando de ladrão? Aí ligou para o pai dele e armou-se toda a confusão”, disse o diretor.

Ainda informou que o suspendeu não pelo ocorreu, mas sim porque ele entrou em uma sala que não é permitida a entrada de alunos e pegou sua carteira sem permissão e foi embora. “O motivo pelo qual eu os suspendi foi por ele ter pego a carterinha da escola sem permissão e saiu da escola”, relatou o diretor.

Quanto a chamar o pelotão escolar o diretor informou que chamou os policiais pois o pai do estudante estava o ameaçando. “Chamei o pelotão escolar porque o pai dele me ameaçou e eu tenho prova disso”, declarou Cosmo Barros.

“Registrei a denúncia contra ele [Cabo Lima] no 2º Distrito. Ainda acionei judicialmente na Corregedoria da Polícia. Ele vai responder judicialmente”, finalizou.


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