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Ciberataques atingem empresas no mundo e afetam Brasil

Toda a Europa, Rússia, Ásia, e países como Turquia, Vietnã, Filipinas e Japão, foram afetados.

Nesta sexta-feira (12), pelo menos 74 países incluindo o Brasil, tiveram servidores de empresas e serviços públicos invadidos por um ciberataque. A empresa de segurança russa, Kaspersky Lab, registrou mais de 45.000 ataques nas últimas 10 horas. A maioria teve como alvo a Rússia.

Todos os computadores atacados exibiam uma mensagem exigindo o pagamento de um resgate para reativar o sistema, bloqueado pelos hackers. O valor, calculado em bitcoins, equivale a 300 dólares (cerca de 940 reais).

Brasil

No Brasil, os ciberataques levaram várias empresas e órgãos públicos a tiraram sites do ar e desligarem seus computadores como: Petrobras, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o Brasil, Tribunais da Justiça de São Paulo, Sergipe, Roraima, Amapá, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte, Ministério Público de São Paulo e Itamaraty.

O INSS divulgou um comunicado a todas as agências do Brasil dizendo que os "microcomputadores devem ser desconectados da rede. Aqueles microcomputadores que sofreram ataque - os que tiverem tela vermelha – devem ser separados e mantidos desligados." Também foram desligados todos os servidores da Dataprev. O atendimento do INSS está suspenso, inclusive na Central 135.

A superintendência regional da PF informou que acionou o serviço de inteligência para verificar extensão do problema.

O Judiciário estadual de SP admitiu que computadores da instituição foram infectados, o que motivou o desligamento de todas as máquinas do órgão em todo o estado. Os outros TJs citam "medidas de precaução", mas não dizem que foram atingidos diretamente pelo vírus.

A Petrobras disse através de comunicado que "ao tomar conhecimento de um vírus global, a empresa adotou medidas preventivas para garantir a integridade da rede e seus dados."

Após ciberataque à Telefônica na Espanha, a Vivo no Brasil orientou funcionários a não acessarem a rede corporativa da empresa no Brasil - a medida foi direcionada para os escritórios da empresa, sem afetar os usuários dos serviços da Vivo.

O Itamaraty disse que desligou suas máquinas preventivamente, mas disse que não foi alvo direto dos ataques. O site do Ministério das Relações Exteriores saiu do ar.

Inglaterra

Na Inglaterra, um vírus chamado ransomware, que criptografa dados e bloqueia o usuário, foi usado no ataque. De acordo com informações do The New York Times, os hackers exploraram uma vulnerabilidade que foi descoberta e desenvolvida pela Agência Nacional de Segurança (NSA).

De acordo com a Veja, um grupo conhecido como Shadow Brokers, que invadiu o sistema da NSA no início de 2016, descobriu a ferramenta de hacking. O vírus foi distribuído por e-mail através de um arquivo criptografado e compactado que, quando carregado, permitia que o ransomware se infiltrasse nas máquinas.

A empresa Microsoft havia lançado uma atualização que evitava a vulnerabilidade dos computadores ao vírus, mas os hospitais e as entidades que tiveram suas máquinas invadidas não haviam realizado a atualização.

  • Foto: Isabel Infantes/AFPAmbulância estacionada do lado de fora do departamento de Acidentes e Emergências do Hospital St ThomasAmbulância estacionada do lado de fora do departamento de Acidentes e Emergências do Hospital St Thomas

Segundo o jornal local The Blackpool Gazette, o hospital da cidade de Blackpool também foi afetado e os médicos tiveram que recorrer à caneta e ao papel. “Pedimos desculpas, mas estamos tendo problemas com nossos sistemas de computador. Por favor, não venha a A & E a menos que seja uma emergência. Obrigado pela sua paciência”, divulgou o hospital em sua rede social.

A rede de televisão BBC, na Inglaterra, afirmou que se trata do maior ataque cibernético ao serviço de saúde pública já visto até agora.

Espanha

Na Espanha, os computadores da Telefônica também foram invadidos. A empresa confirmou através de um breve comunicado, que ocorreu um “incidente de segurança cibernética” e que o ataque visava sua rede interna e não seus milhões de clientes. Na Rússia, a MegaFon, uma das maiores operadoras de celular, também teve o seu sistema atacado pelo vírus.

Toda a Europa, Rússia, Ásia, e países como Turquia, Vietnã, Filipinas e Japão, também foram afetados.

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