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Política

Confira os políticos piauienses que receberam doações da JBS

Segundo Ricardo Saud, o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Partido Progressista (PP), teria negociado e recebido R$ 42 milhões para o partido.

Foi divulgada a lista de políticos que receberam dinheiro da JBS e nela consta o nome de 20 piauienses. A lista foi entregue pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud para a Procuradoria Geral da República (PGR). Em delação premiada, ele afirmou que apenas em 2014, a JBS pagou R$ 600 milhões para 1.829 candidatos, de 28 partidos. Com isso, eles teriam ajudado a eleger 167 deputados federais, 28 senadores e 16 governadores.

Confira aqui a lista

Segundo Ricardo Saud, o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Partido Progressista (PP), teria negociado e recebido R$ 42 milhões para o partido. Já sobre as doações feitas nas eleições de 2014 para vários políticos, entre os que concorreram para o cargo de deputado federal, apenas Iracema Portella (PP) conseguiu se eleger. Ela recebeu R$ 695 mil. Entre os 12 candidatos a deputados estaduais que receberam doações, apenas cinco foram eleitos. Júlio Arcoverde (PP) foi quem recebeu a maior doação, R$ 304 mil.

A divulgação da lista aconteceu através de delação premiada, mas a procuradoria-geral de Justiça ainda vai apurar a legalidade dos valores repassados, já que ocorreram em período eleitoral, onde é permitida a doações, desde que sejam devidamente registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Confira a lista dos políticos que receberam as doações nas eleições de 2014:

Deputados Federais

Edilberto Borges, o Dudu (PT) – R$ 6.600 mil, não foi eleito.

Flávio Nogueira (PDT) – R$ 100 mil, não foi eleito.

Iracema Portella (PP) – R$ 695 mil

Maia Filho (PP) – R$ 100 mil, recebeu a doação quando estava no Solidariedade e assumiu recentemente como suplente.

Merlong Solano (PT) – R$ 6.600 mil e não foi eleito.

Osmar Júnior (PC do B) – R$ 650 mil e não foi eleito.

Silas Freire (PR) – R$ 200 mil e assumiu recentemente como suplente.

  • Foto: Lucas Dias/Marcelo CardosoGP1Políticos piauienses que receberam doações da JBSPolíticos piauienses que receberam doações da JBS

Deputados Estaduais

Cícero Magalhães – R$ 3.179 mil

Flávio Nogueira Júnior (PDT) – R$ 35 mil

Fábio Xavier (PR) – R$ 200 mil

Fábio Novo – R$ 3.179 mil

Júlio Arcoverde (PP) – R$ 304 mil

Carlos Alberto Pereira da Silva – R$ 3.179 mil, não foi eleito.

Francisco Guedes Filho (PT) – R$ 3.179 mil, não foi eleito.

José Carvalho Rufino (PC do B) – R$ 58.990 mil, não foi eleito.

Júnior do MP3 – R$ 1.800 mil, não foi eleito.

Maria Rosalina (PT) – R$ 3.179 mil, não foi eleita.

Rosângela Maria Gomes (PT) – R$ 3.179 mil, não foi eleito.

Reynolds Benício (PT) - R$ 2.300 mil, não foi eleito.

Outro lado

Fábio Novo

O secretário estadual de Cultura e deputado estadual licenciado divulgou nota de esclarecimento negando qualquer irregularidade na doação. Ele afirma que ela foi devidamente registrada e que não recebeu o dinheiro na sua conta, pois o PT Piauí usou o valor para confeccionar material gráfico.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Fábio NovoFábio Novo

“Apesar das denúncias que no momento envolvem a JBS, é necessário separar o que é doação legal, propina e caixa 2. No caso em tela, se trata de doação legal. Propina e Caixa 2 não se registra e nem se declara! O nosso caso está registrado e declarado”, afirmou.

Confira a nota na íntegra:


Sobre a lista da JBS e repasse de recursos para a campanha eleitoral de 2014, venho esclarecer:

1) A empresa fez doação registrada e declarada perante os órgãos da Justiça Eleitoral e Receita Federal em 2014 para o PT do Piauí. Portanto, não se pode falar em propina ou caixa 2, e sim em doação legal;

2) Desses recursos, o PT do Piauí não repassou nenhum centavo para nossa conta de campanha. A sigla na verdade, confeccionou e pagou pouco mais de R$ 3 mil em material gráfico que nos foi repassado. Em nossa prestação de contas aparece de forma transparente o registro e a forma como se deu;

3) Em 2014 a legislação eleitoral brasileira permitia a doação de recursos por parte de empresas para os candidatos ou partidos. Nesse caso, todo o processo ocorreu dentro da previsão legal e com transparência! Tanto é que a declaração estimável, consta na prestação de contas, aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral;

4) Apesar das denúncias que no momento envolvem a JBS, é necessário separar o que é doação legal, propina e caixa 2. No caso em tela, se trata de doação legal. Propina e Caixa 2 não se registra e nem se declara! O nosso caso está registrado e declarado;

5) Esclareço que não conheço ninguém da JBS e muito menos tratei com alguém da empresa sobre doação de campanha ou qualquer outro assunto;

6) Por fim, me coloco à disposição para quaisquer outros esclarecimentos!

Silas Freire

O deputado divulgou nota do Partido da República (PR) assumindo que recebeu a doação e repassou o valor para os candidatos do partido. Ele afirma que não há irregularidade na doação. “A sigla esclarece que as doações não tiveram qualquer vinculação prévia com os candidatos. Diante disso, a assessoria do deputado Silas Freire informa que a doação encontrada na sua prestação de contas, feita pela JBS, é uma doação oficial captada pelo partido político para campanha eleitoral e consta na declaração fiscal da empresa. Assim, a doação foi aprovada sem ressalvas pelo Tribunal Regional Eleitoral”, afirma a nota.

  • Foto: Thais Guimarães/GP1Silas FreireSilas Freire

Confira a nota do deputado na íntegra:

O Partido da República- PR divulgou nota oficial na qual assume a responsabilidade por doações de campanha provenientes de empresas privadas e que elas foram feitas diretamente ao diretório nacional da legenda. A sigla esclarece que as doações não tiveram qualquer vinculação prévia com os candidatos.

Diante disso, a assessoria do deputado Silas Freire informa que a doação encontrada na sua prestação de contas, feita pela JBS, é uma doação oficial captada pelo partido político para campanha eleitoral e consta na declaração fiscal da empresa. Assim, a doação foi aprovada sem ressalvas pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Para o deputado Silas, o que pesa é que o partido político, que possui essa função de captar recursos para a campanha, poderia ter melhor triagem para não expor seus filiados. Portanto, lamenta e repudia a falta de critérios na captação dos recursos. É importante esclarecer que a doação foi legal, dentro das regras da lei e aprovada pelo TRE.

Merlong Solano

O secretário estadual de governo afirmou em nota que a doação foi feita ao Partido dos Trabalhadores, que depois repassou o valor aos candidatos. “Não tive contato com qualquer pessoa da JBS. A doação que recebi da empresa (R$ 6.600 mil) é fruto de repasse do Diretório Nacional a Diretório Estadual do PT. Repudio matérias jornalísticas que divulgam como se esse recurso tivesse sido descoberto em delação”, afirmou.

  • Foto:Facebook/Merlong SolanoNota de Merlong SolanoNota de Merlong Solano

Dudu

O vereador de Teresina negou irregularidade na doação e afirmou que recebeu o dinheiro do diretório do PT e que ele foi usado para pagamento da produção de programas de TV e Rádio. “Esta doação foi devidamente registrada na prestação de contas apresentada na Justiça Eleitoral”, disse.

  • Foto: Facebook/DuduNota de DuduNota de Dudu

Cícero Magalhães

O deputado estadual negou ter entrado em contato com qualquer representante da JBS e afirmou que os valores repassados “foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral, sendo aprovadas as contas de campanha do então candidato, pelo Tribunal Regional Eleitoral, o que pode ser comprovado por meio de consulta ao site do TRE-PI”.

Confira a nota na íntegra:

Sobre a citação de seu nome em uma relação de candidatos que receberam doações de campanha do grupo JBS, o deputado estadual Cícero Magalhães esclarece:

1 – nunca manteve contato pessoal com qualquer representante do grupo JBS;

2 – o referido recurso foi repassado pelo Diretório Nacional do PT ao Diretório Estadual no Piauí, e utilizado para pagamento da produtora responsável pela gravação do material de campanha de rádio e tv, dos candidatos do partido;

3 – os R$ 3.179,00 repassados a Magalhães, foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral, sendo aprovadas as contas de campanha do então candidato, pelo Tribunal Regional Eleitoral, o que pode ser comprovado por meio de consulta ao site do TRE-PI.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Deputado Estadual Cícero MagalhãesDeputado Estadual Cícero Magalhãe

O GP1 está aberto aos esclarecimentos dos demais citados na lista de doação.

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