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Economia e Negócios

Contas do governo tem maior rombo desde 1997

É o pior resultado para o mês de outubro desde que começou a série histórica em 1997.

Nesta quinta-feira (26) a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou que as contas públicas continuam com resultado sofrível. Em outubro, foi registrado um déficit primário (despesas maiores que receitas) de R$ 12,27 bilhões. É o pior resultado para o mês de outubro desde o início da série histórica, em 1997.
Imagem: DivulgaçãoContas do governo tem maior rombo desde 1997(Imagem:Divulgação)Contas do governo tem maior rombo desde 1997

Marcelo Saintive, secretário do Tesouro Nacional, relaciona o período de outubro com a antecipação da primeira parcela do décimo terceiro para os aposentados e pensionistas. Este pagamento resultou em um déficit de R$ 19,8bilhões em outubro deste ano.

As contas do governo tiveram um déficit primário de R$ 33,09 bilhões nos dez primeiros meses, registrando o pior resultado desde 1997 – superando o ano de 2014, quando o déficit foi de R$ 11,63 bilhões.
Imagem: Igo Estrela/ObritoNews/Fato OnlineSecretário Marcelo Saintive (Imagem:Igo Estrela/ObritoNews/Fato Online)Secretário Marcelo Saintive

"O componente do ciclo econômico [baixo nível de atividade] está afetando a arrecadação. Além disso, as empresas estão com alto grau de incerteza e estão retendo um pouco esses recursos. Buscando não fazer a arrecadação de seus impostos agora", disse Saintive.

Revisão da meta fiscal

Em outubro o Executivo anunciou uma revisão da meta fiscal de 2015. A meta passou de um superávit para um déficit de R$ 51,8 bilhões – o pior resultado da história. O Congresso Nacional ainda tem que aprovar essa revisão.

O rombo pode ser ainda maior se o pagamento das pedaladas fiscais for incluído e caso não se confirme a receita de R$ 17 bilhões previstas com o leilão das hidrelétricas, que segundo o governo, só será pago em 2016. O déficit pode atingir quase R$ 120 bilhões.

Receitas e despesas


As arrecadações subiram 2,7% nos dez primeiros meses dos anos, ficando um valor de R$ 1,02 trilhão. Em contrapartida, as despesas quase dobraram no mesmo período e aumentaram R$ 42,85 bilhões.

Nos dez primeiros meses do ano, os gastos com investimentos foram reduzidos e caíram 33,4%, para R$ 45,85 bilhões.

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