Teresina - Piauí

Corpo de policial militar é velado sob forte comoção em Teresina

O jovem havia ingressado na Polícia Militar no ano de 2008, e em 2010 começou a servir no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

7 de dezembro de 2016 | 08h30 Atualizada 8 de dezembro de 2016 | 07h56

Vestido com a farda do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), o corpo do policial militar Claudemir Sousa, está sendo velado nesta quarta-feira (7) na Paróquia Militar de São Sebastião. Várias pessoas, movidas por tristeza e revolta, compareceram ao local para lamentarem a morte precoce do jovem, que ontem (6) foi assassinado covardemente, enquanto saía de uma academia, no bairro Saci, zona sul de Teresina.

Além dos pais, mais quatro irmãos, parentes, amigos e colegas de farda sofrem e prestam as últimas homenagens a Claudemir Sousa. A vítima havia ingressado na Polícia Militar no ano de 2008, e em 2010 começou a servir no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

Foto: Lucas Dias/GP1Velório do Cabo Claudemir

“Nós estamos diante de um excelente profissional, que a gente acompanha desde a época de aluno. Do Curso de Formação de Soldados. Desde 2010, ele serve no BOPE. Foi especializado em várias áreas, dentre elas, explosivo. Passou uma temporada a Serviço da Força Nacional, do Ministério da Justiça, e agora depois das Olímpiadas, ele retornou novamente para o trabalho no Piauí. Ele estava de férias”, afirmou o subtenente do Batalhão de Operações Policiais Especiais, tenente-coronel James.

“Nesse período [no BOPE], percebeu-se a dedicação que o mesmo tinha pela causa. Por servir e proteger a sociedade. No BOPE sempre tinha uma conduta exemplar. Policial dedicado. Gostava de se especializar. Se especializou e é uma perda irreparável para o nosso Batalhão, justamente por conta dessa pessoa que ele era. Grande amigo e profissional”, acrescentou o policial.

Foto: Lucas Dias/GP1Policias do BOPE prestam suas últimas homenagens

A tia de Claudemir Sousa, a senhora Cleonilce, que estava muito abalada, durante o velório, afirmou ao GP1 que o policial militar era um homem muito bom. “Ele tinha chegado de viagem [para Brasília-DF] há pouco tempo. A gente ‘tá’ sentindo muito”, resumiu.

Por fim, o tenente-coronel James voltou a lamentar a morte de Claudemir Sousa: “nós no BOPE temos uma doutrina muito forte, onde nós trabalhamos sempre com esse sentimento familiar. Então como subcomandante passar por uma situação dessa é realmente uma situação difícil. Nós não somos apenas superiores e subordinados, nós somos sobretudo camaradas, irmãos, que têm uma causa coletiva. É de fato uma perda realmente irreparável”. O enterro de Claudemir Sousa vai acontecer às 17 horas, no cemitério Jardim da Ressurreição, no bairro Alto da Ressurreição, zona sudeste de Teresina.

O crime

Claudemir Sousa foi executado com vários tiros na noite desta terça-feira (6), no bairro Saci. Os bandidos não levaram nada dele, o que tão logo surgiu a hipótese de ser execução. Cinco pessoas já foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre essas, um funcionário da Infraero, que as primeiras investigações indicam que foi o mandate do assassinato, e também um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matarem o policial militar.