Teresina sediou na última quinta-feira (17/08), o primeiro treinamento "Mirena, prática no dia-dia" com o palestrante Dr. Marcos Aurélio Albernaz, de Goiás. O curso que foi realizado em parceria com a Clínica Urogin e o Laboratório Lablife, fez a aplicação gratuita de Dispositivo Intrauterino (DIU), em 11 pacientes.
“O treinamento teve como objetivo desmistificar o uso dos Contraceptivos de Longa Duração Reversíveis, a nível ambulatorial e no consultório médico, como também rever as novas diretrizes da Organização Mundial de Saúde quanto ao uso dos Contraceptivos de Longa duração Reversíveis [LARCs]”, explicou a médica Elisvania Rodrigues, presidente da Associação Piauiense de Ginecologia e Obstetrícia e diretora técnica da Clínica Urogin.
Ainda de acordo com a médica, o uso de contraceptivos de longo prazo tem como objetivos o planejamento do número de integrantes da família, a programação do período ideal para a gravidez, a prevenção da ocorrência de gravidez de risco e o auxílio no controle da gravidez na adolescência. Além disso, ela garante que há efeitos não contraceptivos benéficos sobre outras patologias.
“A contracepção de longo prazo evoluiu a partir do conhecimento tecnológico da fisiologia reprodutiva. São considerados métodos contraceptivos de longa duração os que têm mais de três anos de duração, sendo estes: dispositivo intrauterino, cobre e levonogestrel, e implantes hormonais”, destacou a médica.
A vantagem dos LARCs e? a baixa taxa de falha, por independerem da ação diária da usuária para manter sua eficácia, sendo fortemente recomendados para grupos de baixa adesão, como adolescentes e mulheres que consomem bebidas alcóolicas. Entretanto, mesmo para população feminina em geral a taxa de eficácia dos LARCs e? superior a? dos métodos de curta duração, o que torna os primeiros uma excelente escolha contraceptiva.
“Os LARCs são consequência da evolução dos métodos contraceptivos e representam o melhor custo-benefício para o planejamento familiar geral, em especial no grupo de vulneráveis. Sua utilização deve ser incentivada e, quando necessária, desmistificada, para melhor adesão da paciente”, completou Elisvania.
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