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Política

Delcídio do Amaral ofereceu R$ 50 mil mensais a Nestor Cerveró

A mesada seria para o ex-diretor da Petrobras não citá-lo na delação premiada.

O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Teori Zavascki, informou nesta quarta-feira (25), que o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS) ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró para ele não fechar acordo de delação premiada ou, se fizesse, não citar o nome dele.

Imagem: DivulgaçãoDelcídio do Amaral ofereceu R$ 50 mil mensais a Nestor Cerveró(Imagem:Divulgação)Delcídio do Amaral ofereceu R$ 50 mil mensais a Nestor Cerveró
Segundo o G1, o ministro, relator do processo da Lava Jato no Supremo, recebeu o documento da Procuradoria-Geral da República, com o pedido de prisão do parlamentar petista. A PGR teve acesso às gravações feitas pelo filho do ex-diretor, Bernardo Cerveró, onde comprovava o pedido do senador a Cerveró.

Imagem: DivulgaçãoNestor Cerveró está preso por particpar do esquema de corrupção instaurado na Petrobras(Imagem:Divulgação)Nestor Cerveró está preso por particpar do esquema de corrupção instaurado na Petrobras

Delcídio ainda prometeu em influir no julgamento do ex-diretor no STF. A Corte seria influenciada através do vice-presidente da República, Michel Temer, e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Fuga

O Ministro Teori Zavascki, disse que o relatório enviado pela PGR afirma que os valores prometidos a Cerveró seriam repassados à família do ex-diretor da Petrorbas por meio de um contrato fictício entre o advogado Edson Ribeiro e o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves.

Prisão


O senador Delcídio Amaral do Partido dos Trabalhadores (PT), líder do governo no Senado Federal, foi preso na manhã desta quarta-feira (25) pela Polícia Federal. Segundo os agentes, o parlamentar foi conduzido à sede da PF em Brasília por estar atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato.

O banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira e o advogado Édson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró também foram presos pelos agentes federais.

Investigações


Os agentes dizem que o senador tentou dificultar a delação premiada de Nestor Cerveró, com receio do ex-diretor entregar uma suposta participação de Delcídio em irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

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