Fechar
GP1

Piauí

Desembargador Edvaldo Moura ameaça deixar cargo de corregedor

O juiz denunciou um caso de compra de votos no interior do Piauí e demonstrou grande indignação.

O desembargador Edvaldo Moura, que é corregedor eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), denunciou, durante uma reunião ocorrida na manhã desta quarta-feira (21) no plenário do TRE-PI, um caso de compra de votos em uma cidade no interior do Estado. Na ocasião, o magistrado demonstrou grande indignação e cogitou renunciar ao cargo no tribunal.

Em sua fala, Edvaldo Moura, explicou que uma juíza de um município de nome não revelado apresentou vídeos que registram a ação de pessoas encapuzadas distribuindo cestas básicas em residências durante a madrugada. Em determinado momento do discurso, ele dirigiu a palavra ao presidente do TRE-PI, desembargador Joaquim Santana.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Edvaldo MouraEdvaldo Moura

“Nós estamos preocupados com essa situação, se for para participar de eleições desse jeito eu prefiro sair, eu renuncio. O juiz tem poder de polícia, mas a juíza está apavorada, a denúncia circula nos celulares, a gente vê as caixas, cestas básicas dentro de caixas de papelão. Vai continuar assim? Se continuar assim, presidente, vossa excelência segunda-feira não me terá mais aqui no tribunal, eu renuncio ao cargo de corregedor e vou-me embora para o Tribunal de Justiça, porque eu não sei trabalhar desse jeito”, declarou.

Com a palavra, o presidente Joaquim Santana rebateu as colocações de Edvaldo Moura. “Vossa excelência presidiu um pleito em 2014 cercado de irregularidades, e toda irregularidade é julgada pelo tribunal. Não podemos trabalhar com especulações, e acho que um juiz não pode se manifestar desse jeito, pois passa para a comunidade que nós estamos em uma situação de caos, e não é nosso papel se comportar assim”, afirmou.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.