Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada, neste domingo (29), a presidente afastada Dilma Rousseff defendeu que Michel Temer reestabeleça a CPMF para evitar cortes nos programas sociais.
Analisando a gestão de Temer, a presidente afastada destacou os cortes nos programas sociais como principal ponto a ser criticado. "Os que são chamados de coxinhas acreditam que o Bolsa Família é uma esmola. Não é. Ele tem efeito enorme sobre as crianças. Entre fazer isso (cortes em áreas sociais) e criar um imposto, cria um imposto. Para com essa história de não criar a CPMF. Só não destrói a educação e a saúde", declarou Dilma.
Durante a entrevista, Dilma disse ainda que não chorou por causa do afastamento. "Nas dores intensas, eu não choro" e admitiu ter cometido erros na Presidência, mas não disse quais. Ela acredita que ainda é possível reverter o processo de impeachment no Senado. "Nós podemos reverter isso. Vários senadores, quando votaram pela admissibilidade disseram que não estavam declarando pelo mérito. Então eu acredito."
A presidente afastada alertou também que Michel Temer terá de se “ajoelhar” para o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, com quem "não há negociação possível".
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