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Política

Dilma admite dificuldades e pede corte de gastos

Em reunião com aliados, Dilma admite dificuldades e propões cortes expressivos de gastos.

Imagem: Foto: DivulgaçãoDilma admite crise e pretende cortar gastos do governo(Imagem:Foto: Divulgação)Dilma admite crise e pretende cortar gastos do governo
Nesta quinta-feira (10), a presidente Dilma Rousseff participou de uma reunião com a coordenação política e priorizou dar uma resposta para a agência de classificação de risco Standard & Poor’s que tirou o grau de investimento do país.

Ao lado de Michel Temer e de ministros, a presidente pediu agilidade e urgência no corte de gastos do governo e ressaltou a necessidade de unidade e coesão da equipe.

Um dos principais pontos que fizeram com que a agência S&P tirasse o investimento do país foi a falta de coesão da equipe de Dilma no enfrentamento da crise. A crítica deixa claro de que Joaquim Levy, titular da Fazenda, estava sendo boicotado por outros integrantes do governo.

De acordo com um dos participantes da reunião, o governo deverá negociar com o Congresso novas propostas para aumentar a arrecadação. Porém isso só será possível depois de anunciados cortes expressivos de gastos.

Ainda segundo esse participante da equipe, existem várias propostas do setor produtivo, do setor financeiro e do próprio Congresso para aumentar contribuições e tributos.

Uma das prioridades para reagir à crise é a criação do projeto de lei, enviado hoje ao Congresso, sobre a repatriação de recursos brasileiros não declarados no exterior, que vai criar condições para a reforma do ICMS.

O Planalto tem como estratégia enfatizar que a Câmara e o Senado foram pilares para a criação do projeto. É uma tentativa de mostrar que ainda existe diálogo político entre a base aliada e o Congresso, mesmo diante da crise de governabilidade.

Para outro ministro que também participou da reunião, foi um erro o governo ter enviado um déficit orçamentário de R$30 bilhões ao Congresso. Para o governo, isso acabou antecipando a perda de grau de investimento pela agência S&P.

“O governo não vai negar nenhuma das dificuldades e também não nega o balizamento feito pela agência de classificação de risco. O cenário já não era positivo, o governo sabia que iria enfrentar esses problemas”, disse um ministro que participou da reunião.

Ainda na reunião, o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) apresentou um gráfico que aponta que a nota do Brasil pela S&P voltou ao mesmo patamar que era em 2007.

O vice-presidente, Michel Temer ressaltou a busca de uma solução para a crise atual. “O governo vai ter que cortar a própria carne”, reforçou um ministro.

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