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Política

Dilma fala sobre clima de "golpe democrático à paraguaia"

Durante a primeira reunião com novos ministros, Dilma fala sobre o clima de "golpe democrático à paraguaia" mas diz que Brasil não é Paraguai.

Na quinta-feira (8), durante sua primeira reunião ministerial com sua nova equipe, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o país vive um “golpe democrático à paraguaia”, mas fez questão de destacar que o Brasil não é o Paraguai.

O comentário de Dilma foi dito no encerramento da reunião à portas fechadas para a imprensa. Num gesto com os dedos a presidente disse que a expressão “golpe democrático” deveria ser entendida entre aspas, como ironia.
Imagem: Roberto Stuckert Filho/PRDilma faz primeira reunião com novos ministros(Imagem:Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma faz primeira reunião com novos ministros

Nesta semana o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitou as contas da presidente referente ao ano de 2014 e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu investigação sobre supostas irregularidades na campanha presidencial de Dilma Rousseff.

Segundo informações da Folha de São Paulo, na reunião Dilma mostrou não se abater com as últimas derrotas e depois de comentar sobre o “golpe democrático” à paraguaia, afirmou que o Brasil não é o Paraguai. “Só que o Brasil não é o Paraguai, temos instituições fortes”, disse.

Em 2012 o presidente do Paraguai Fernando Lugo sofreu um impeachment por “mau desempenho de suas funções” e foi substituído pelo vice Federico Franco.

Com o ocorrido, países da América do Sul disseram que houve uma “ruptura da ordem democrática” no país e decidiram suspender temporariamente o país do Mercosul e da Unasul (União das Nações Sul-americanas). A proposta partiu de Dilma.

A presidente cobrou da equipe que a reprovação de suas contas seja revertida pelo Congresso e pediu aos ministros do PMDB que façam reuniões semanais com a bancada do partido na Câmara, para recompor a base aliada.

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que o processo de impeachment não pode ser tratado como “instrumento de disputa política”. “Querem das consistência artificial a um processo como esse”, disse.

Jaques Wagner afirmou ainda que Dilma agiu com responsabilidade a rejeição das contas pelo TCU, mas queria outro resultado.

O ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) reclamou que os acordos para atender aliados, como liberação de emendas e nomeação de cargos, precisam ser cumpridos e que a demora contribuiu nas derrotas, quando o governo não conseguiu quórum para manter vetos presidenciais.

O vice-presidente Michel Temer concordou com Berzoini e disse que sofreu do mesmo problema quando estava na articulação política.
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