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Dois agricultores são presos acusados de falsificar assinatura de juiz em Ribeiro Gonçalves

A suspeita é de que os presos sejam participantes de uma quadrilha de grilagem de terras no sul do Piauí.

Dois agricultores foram presos, na manhã desta quarta-feira (06), em flagrante, no município de Ribeiro Gonçalves, acusados de falsificar a assinatura do juiz José Airton Medeiros, na tentativa de registrar duas propriedades avaliadas em mais de um milhão de reais. 

A tabeliã, Márcia Regina Ribeiro, do 1º ofício do cartório de Ribeiro Gonçalves desconfiou de que a assinatura do juiz, apresentada nos documentos, não era verdadeira. “A tabeliã encaminhou cópias do documento ao juiz, para que ele avaliasse a assinatura. Quando o juiz, que também é corregedor, verificou que a assinatura era falsa, exigiu a prisão imediata dos acusados”, relatou o delegado Jarbas Lima, responsável pela investigação.
 
As duas propriedades são localizadas na zona rural de Baixa Grande do Ribeiro, segundo o delegado, são duas fazendas avaliadas em R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais). 
 
Entre os documentos apreendidos, está um contrato que garante a compra e venda posterior das terras. A suspeita é de que os presos sejam participantes de uma quadrilha de grilagem de terras no sul do Piauí. “Nós estamos investigando se há uma quadrilha de grilagem de terras por trás dessa ação. Pois os dois senhores que foram presos são, aparentemente, de baixa instrução”, informou Jarbas.  
 
Outro fato que chamou atenção da tabeliã é que o documento não deve ser apresentado pelos interessados. “Por conta desse problema de grilagem de terras, toda propriedade que for registrada no sul do estado, deve ter autorização do Tribunal de Justiça. Mas, a tabeliã me informou que esse documento é encaminhado diretamente ao cartório e não deveria estar com os interessados”, explicou Jarbas.  Ao delegado, os acusados alegam que o documento foi dado por um advogado. 
 
A prisão foi feita por determinação do juiz, porém a assinatura passará por perícia para que sua veracidade seja, ou não, constatada. A investigação está sendo feita pela delegacia regional de Uruçuí.  Os acusados devem responder por falsificação de documento público e falsidade ideológica. 
 
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