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"Eletrobras deixou de passar ICMS para o Piauí", diz Themistocles Filho

"O prefeito Kleber Eulálio também me informou que está há três meses que não recebe o repasse da taxa de iluminação pública na cidade de Picos", completou o parlamentar ao GP1.

Passando por uma crise financeira e sendo alvo principal de reclamação dos consumidores piauienses, a Eletrobras, que é comandada pelo governo federal, agora está virando alvo da revolta da população. Recentemente, moradores de Palmeirais colocaram fogo na sede da Eletrobras na cidade.

O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí e deputado estadual Themistocles Filho (PMDB) afirmou que a atitude dos moradores de Palmeirais, foi extrema e que a empresa só irá melhorar se receber investimentos do governo federal. Revelou ainda que já faz um mês que a empresa deixou de pagar o ICMS ao estado.

O deputado afirmou que a Eletrobras passa por uma crise financeira e que tem até deixado de pagar impostos para o estado. “Há 30 dias a Eletrobras deixou de passar o ICMS para o Piauí. E o governo já ingressou com uma ação contra a empresa. O prefeito Kleber Eulálio também me informou que está há 3 meses que não recebe o repasse da taxa de iluminação pública na cidade de Picos. Eu imagino, que se Picos não recebe, outras também estão assim”, disse.

Themistocles encaminhou ofício ao vice-presidente da república Michel Temer (PMDB) para tratar sobre os problemas que a Eletrobras vem passando no estado.

“A Eletrobras é uma ordem do governo federal e está em vários estados do Brasil, e também tem problemas em outros estados. Eu solicitei uma audiência com o vice-presidente da república, com a presença do governador do Piauí, dos senadores e deputados, porque o problema do Piauí, como em outros estados, é que se não tiver recursos, vai continuar do mesmo jeito. O governo federal vai ter que colocar recursos à disposição da Eletrobras, para melhorar o atendimento energético do estado do Piauí. É para ser uma audiência exclusiva para falar sobre a Eletrobras, porque é danado de ir para uma audiência dessas e falar sobre outras coisas, mas será só sobre a Eletrobras”, disse.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Themistocles Filho(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Themistocles Filho
Para Themistocles Filho, o problema da empresa não é necessariamente de gestão, por parte dos diretores estaduais e nacionais, mas sim falta de dinheiro para investir.

“Não acredito que é um problema de gestão. Eu posso até não concordar com os gestores, mas como é que um gestor pode investir sem dinheiro? Porque se discorda da gestão, aí é muito fácil, ele vai lá e muda o diretor, mas não resolve o problema. Não adianta mudar o presidente, ou o diretor A ou B, se não tem como conseguir recursos financeiros”, disse.

Recentemente o próprio governador Zé Filho (PMDB) fez críticas a Eletrobras e disse até mesmo que o Ministro de Minas e Energias, Edison Lobão (PMDB) tem beneficiado outros estados como o Maranhão e se esquecido do Piauí. Questionado se compartilha do mesmo pensamento que o governador, o deputado disse não discordar e nem concordar, mas que no caso do Maranhão, a situação é diferente porque a energia elétrica é controlada por uma empresa privada.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Themistocles Filho(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Themistocles Filho
“No caso do Maranhão, se trata de uma iniciativa privada. Lá hoje a energia é melhor do que no Piauí, assim como no Ceará. Nesses dois estados, é a iniciativa privada que gerencia a energia elétrica. Aqui a gente tinha a antiga Cepisa, que virou a Eletrobras, que é do governo federal. Mas eu não vou para esse lado não, porque nós queremos é resolver o problema. Eu não vou dizer que porque é do governo que não está funcionando bem. Pode até resolver o problema, mas é só investir”, afirmou.

Themistocles Filho afirmou que voltar a estadualizar a gerência da energia elétrica não irá fazer com que ela melhore. “Só volta a ser do estado, se o estado pagar. Porque o governo federal pagou para o Piauí. Ele comprou a Cepisa, que era uma distribuidora que comprava energia do governo federal. Aqui no Piauí, para voltar, eu não acho que pode não dar certo. Para voltar o Piauí teria que pagar. Eu não vejo isso no momento”, disse.

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