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Empresário José Wilson Gomes é preso em Teresina

De acordo com o delegado Josimar Brito, as investigações apontaram que o proprietário da Grafite Móveis sonegou aproximadamente 20 milhões de reais em impostos.

O empresário José Wilson Gomes de Carvalho, 54 anos, proprietário da Grafite Móveis, foi preso na noite dessa segunda-feira (02), em Teresina, após cumprimento de mandado de prisão executado pela Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (DECCOTERC), sob a acusação de sonegação de impostos no valor aproximado de 22 milhões de reais.

De acordo com o delegado Josimar Brito, em 2011 foi instaurado o primeiro inquérito que apurou o crime de natureza tributária, atribuída ao empresário. “Com o fechamento da empresa em Teresina foi detectado pela Sefaz a sonegação fiscal, quer dizer, ele fechou várias filiais e deixou dívidas de natureza tributária, que ensejaram uma requisição por parte do Ministério Público de instauração de inquérito. Então foram instaurados três inquéritos em 2011, 2013 e 2014”, ressaltou o delegado.

Investigações

Durante os levantamentos, o delegado identificou a prática de outros crimes e ainda a existência de outras pessoas que funcionavam como “laranjas”. São pessoas que assumiam as empresas que, na verdade, eram de propriedade de José Wilson Gomes de Carvalho.

“No curso das investigações houve dificultação por parte de José Wilson para prestar interrogatório, quando por diversas vezes ele peticionava, através de advogado, declinando endereços onde ele não residia. Isso gerou dificuldades para concluir as investigações e, nisso, reside também a falsidade ideológica, cumulado com a sonegação fiscal, ocultação de bens e valores e associação criminosa, ou seja, ele não praticava os crimes sozinho, tinha a participação de alguém que colaborava, tanto no fato de conseguir “laranja”, quanto no fato que conseguir documentações. Os autos evidenciam que ele tinha um “braço direito” que intermediava as negociações para o fim de ocultar o patrimônio”, detalhou.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Delegado Josimar Brito(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Delegado Josimar Brito
Ainda de acordo com o delegado, todas as pessoas envolvidas no esquema estão sendo ouvidas e investigadas. Ao todo, o empresário possuiu 138 lojas e fechou mais de 100 sem realizar o pagamento de ICMS, acumulando o prejuízo de aproximadamente 22 milhões de reais ao fisco.

“As empresas que fecharam eram todas no nome dele, mas ele passou a transferir o patrimônio de forma a ocultá-lo. Nós ainda vamos aprofundar as investigações e, talvez, essas empresas novas, que ainda existem no interior, não estejam em nome dele. Como ele passou a transferir a propriedade dos seus bens para terceiros, certamente, ele deve ter feito o mesmo com as empresas que ainda estão abertas”, completou.

Agressão à ex-mulher

O delegado afirmou ainda que a ex-mulher também foi lesada pelo esquema do empresário. “Ele alcançou como vítima o Estado e a ex-mulher, pois ele transferia o patrimônio dele e atribuía a terceiro, prejudicando a ex-mulher. Em razão disso, a ex-mulher tem um processo contra ele e há também uma condenação pela Lei Maria da Penha, mas ela também está sendo investigada”, acrescentou.

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