Os ex-presos políticos participaram na manhã desta segunda-feira (14) de uma audiência da Subcomissão da Memória, Verdade e Justiça para esclarecer ações ilegais de integrantes da política brasileira. Os brasileiros vítimas de tortura no Chile, reclamaram da omissão das autoridades diplomáticas nacionais e alertaram para o fato de agentes do Brasil terem ensinado técnicas de tortura e interrogatório aos chilenos.
Após o golpe, estrangeiros foram perseguidos que passaram a ser considerados inimigos do regime, inclusive aqueles que não estavam ligados a nenhuma atividade política.
– Temos informações de que o Ministério das Relações Exteriores e a embaixada brasileira sabiam da situação, só que eles estavam atrelados à ditadura e não à proteção de seus cidadãos. Eles estavam lá para ensinar os chilenos a torturar. Entre os brasileiros presos, havia pessoas que não tinham nada a ver com atividade política e não receberam atenção nenhuma do governo brasileiro – afirmou o ex-preso e advogado Vitório Sorotiuk, que entregou à Subcomissão um documento do Ministério das Relações Exteriores com uma lista de nomes de torturados no Estádio Nacional.
O senador João Capiberibe (PSB-AP), que é presidente da Subcomissão, informou que vai apresentar requerimento ao Ministério da Defesa solicitando os nomes de todos os oficiais das três armas que estiveram no Chile naquele período e também para o Ministério das Relações Exteriores, com os nomes de diplomatas e cônsules que atuaram na época.
Segundo o senador, as Forças Armadas devem um pedidos de desculpas à sociedade brasileira, além de reconhecer seus erros.
A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) afirmou que Chile, Argentina e Uruguai, ao contrário do Brasil resgataram a verdade e não absolveram os criminosos ditadores. Ela pediu a mudança na Lei da Anistia, editada em 1979 para perdoar crimes políticos cometidos entre 1961 e 1979, período que inclui a ditadura militar.
Imagem: Lia de Paula/Agência SenadoClique para ampliarForças Armadas precisa reconhecer seus erros e pedir desculpas à sociedade brasileira.
Em Santiago, no Estádio Nacional, os ex-presos políticos foram detidos. O local foi transformado em campo de concentração de prisioneiros políticos após o golpe que derrubou o presidente Salvador Allende, em 1973.Após o golpe, estrangeiros foram perseguidos que passaram a ser considerados inimigos do regime, inclusive aqueles que não estavam ligados a nenhuma atividade política.
– Temos informações de que o Ministério das Relações Exteriores e a embaixada brasileira sabiam da situação, só que eles estavam atrelados à ditadura e não à proteção de seus cidadãos. Eles estavam lá para ensinar os chilenos a torturar. Entre os brasileiros presos, havia pessoas que não tinham nada a ver com atividade política e não receberam atenção nenhuma do governo brasileiro – afirmou o ex-preso e advogado Vitório Sorotiuk, que entregou à Subcomissão um documento do Ministério das Relações Exteriores com uma lista de nomes de torturados no Estádio Nacional.
O senador João Capiberibe (PSB-AP), que é presidente da Subcomissão, informou que vai apresentar requerimento ao Ministério da Defesa solicitando os nomes de todos os oficiais das três armas que estiveram no Chile naquele período e também para o Ministério das Relações Exteriores, com os nomes de diplomatas e cônsules que atuaram na época.
Segundo o senador, as Forças Armadas devem um pedidos de desculpas à sociedade brasileira, além de reconhecer seus erros.
A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) afirmou que Chile, Argentina e Uruguai, ao contrário do Brasil resgataram a verdade e não absolveram os criminosos ditadores. Ela pediu a mudança na Lei da Anistia, editada em 1979 para perdoar crimes políticos cometidos entre 1961 e 1979, período que inclui a ditadura militar.
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