Fábio Novo reconhece a derrota e afirma que a disputa oxigenou o Poder Legislativo

O deputado Fábio Novo (PT), segundo colocado na disputa para a Presidência da Assembleia Legislativa do Piauí, neste domingo (01), comentou o resultado da eleição. “Gostaria de ter ganhado, não ganhei. Tenho que respeitar e reconheço o resultado”, disse o parlamentar.

Para o deputado, o poder legislativo está oxigenado com esta eleição, já que nos últimos pleitos não tinha havido disputa. “O processo de democracia é isso, estou muito contente porque cumpri o meu papel. Estarei aqui para ajudar a gestão do presidente Themistocles e considero que minha participação no pleito foi extremamente relevante”.

Fábio Novo, que teria feito um acordo com 19 parlamentares, comentou o fato disto não ter sido confirmado nas urnas. “Não votaram, mas eu respeito a posição dos parlamentares”. O deputado ainda afirmou que sua derrota não representa uma derrota do governo Wellington Dias, “a minha candidatura não é de Governo, nem é de oposição, nem é de ninguém. Ela é do Estado do Piauí e nasceu, inclusive, no seio da oposição”.
O petista negou que a interferência do governador Wellington Dias (PT) e Firmino Filho (PSDB) atrapalhou a sua candidatura.

“Eu tenho orgulho de ter o apoio do Wellington Dias. Tenho orgulho de ter tido o apoio do prefeito Firmino. Era natural termos um deputado que foi da base do governo. Isso é natural do processo. Na minha vida sempre tive um traço que não abro mão, que é a coragem. Quando fui chamado para essa missão, eu vim e me coloquei à disposição. Conversei muito com os deputados. Se não aceitaram paciência. Eu tenho que respeitar a vontade do parlamento. Amanhã já não tem nada de disputa. Não consegui convencer os deputados e respeito a decisão, mas nenhum deputado pode dizer que não conversei e pedi o voto. Foram 14 votos que se expressaram e isso é muito para quem é novo como eu. Não sou derrotado. Não me considero derrotado, me considero vitorioso pois contribuí para o poder legislativo. Há muitos anos não se via uma eleição tão concorrida”, disse.
O deputado também não deixou de fazer críticas a Themístocles. Ele ainda citou o fato de ter sido aprovado em 2014, um projeto que muda o regimento interno, onde não poderá mais ter reeleição para a presidência da Assembleia. Themístocles vai para o seu sexto mandato.

“Reconheço que o presidente Themístocles fez uma boa gestão, mas também acho que é preciso ter respeito com essa Casa, para não se ter sempre uma reeleição. Temos 5 reeleições seguidas e era contra isso que eu lutava nessa casa. Toda vez que se chega perto de uma eleição se muda o regimento, para beneficiar A ou B”, disparou o deputado.

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