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Teresina - Piauí

Famílias acampam em terreno após serem despejadas em Teresina

Uma audiência sobre o caso está prevista para o final deste mês, ainda sem data definida.

Lucas Dias/GP1 1 / 10 Casas construídas Casas construídas
Lucas Dias/GP1 2 / 10 Valdonia Mendes Valdonia Mendes
Lucas Dias/GP1 3 / 10 Maria Benta Maria Benta
Lucas Dias/GP1 4 / 10 Seguranças particulares do terreno Seguranças particulares do terreno
Lucas Dias/GP1 5 / 10 Rua Panamá Rua Panamá
Lucas Dias/GP1 6 / 10 Rua Panamá está sendo fechada Rua Panamá está sendo fechada
Lucas Dias/GP1 7 / 10 Reivindicação por moradia Reivindicação por moradia
Lucas Dias/GP1 8 / 10 Ocupantes fazendo comida no local Ocupantes fazendo comida no local
Lucas Dias/GP1 9 / 10 Deficiente mora na ocupação Deficiente mora na ocupação
Lucas Dias/GP1 10 / 10 Avenida Celso Pinheiro Avenida Celso Pinheiro

Cerca de 150 famílias foram despejadas de suas residências no bairro Catarina, zona sul de Teresina. A situação se arrasta desde o dia 25 de fevereiro deste ano, e após entrarem na Justiça e nada ser resolvido, os moradores resolveram acampar no local conhecido como “Terra Prometida”, situado na rua Panamá. Uma audiência está prevista para o final deste mês, ainda sem data definida. 

Com barracos feitos de madeira e lona, as famílias se revezam desde o último sábado (12), como forma de reivindicar o direito de ter de volta as suas moradias. “Nós entramos na Justiça para que fosse feito uma perícia no local para dizer de quem era o terreno, e foi constatado que era da União e a União nos concedeu a documentação dizendo que as famílias que estavam no terreno, que deveriam continuar morando. Só que ele [o empresário] conseguiu um papel para tirar todas as famílias daqui”, contou Maria Benta, uma das moradoras.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Maria BentaMaria Benta

Outra moradora e membro do Movimento de Moradia, Francisca das Chagas, afirmou ao GP1 que o despejo partiu de um empresário do ramo imobiliário, identificado por Cícero Linhares. “Todo dia por volta das 7h da manhã, ele [o empresário] vem aqui intimidar a gente, com ameaças, um dia quase bate no marido da Bia [Maria Benta]. Ele contratou seguranças particulares para nos vigiar e mandou fechar a rua e colocar correntes”, complementou.

Com duas filhas, sendo uma especial, Valdonia Mendes, que também acampa no local, ressaltou que é triste ver o descaso público. “Minha filha tem hidrocefalia, já fez 26 cirurgias, dá convulsões e é muito ruim ficar aqui, no calor, mas a gente só quer a nossa casinha”, lamentou. As famílias, que hoje vivem de favor ou de aluguel, destacam ainda que estão reivindicando apenas o direito de moradia e que já procuraram a prefeitura e o governo estadual para conseguirem um local para residir. 

  • Foto: Lucas Dias/GP1Casas construídasCasas construídas

Outro lado

O empresário citado não foi localizado para comentar o assunto.

Por meio da assessoria de comunicação, a Prefeitura Municipal se manifestou dizendo que só pode intervir em casos de desapropriação ou cadastramento, quando a propriedade é municipal, em casos de propriedade privada, estadual ou federal, não compete à prefeitura.

O Governo do Piauí, também por meio da assessoria, afirmou que tomou conhecimento do caso por meio da imprensa.

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