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Gravação dos delatores da JBS cita 4 ministros do Supremo

Em áudio, delatores também dizem que ex-assessor de Janot trabalhava para eles enquanto integrava a Lava Jato.

A delação premiada dos executivos da JBS poderá ser anulada devido à gravação de quatro horas que traz menções comprometedoras a quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com informações da Veja, os ministros são citados pelos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud em situações que denotam “diferentes níveis de gravidades”. Algumas consideradas banais, mas “ruins” para a imagem dos ministros e outras comprometedoras, como uma em especial, que se destaca por enredar um dos onze ministros da corte nessa situação.

  • Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoSupremo Tribunal Federal (STF)Supremo Tribunal Federal (STF)

O Supremo deve tornar a gravação pública ainda nesta terça-feira (05). A gravação foi feita durante o processo de negociação da delação premiada de Joesley e Saud com a Procuradoria. O áudio, segundo fontes, indica que ambos estavam sob efeito de álcool durante a conversa, que segundo as autoridades, não elimina a necessidade de investigação sobre o teor do diálogo.

Além dos ministros do Supremo, são citados ainda pelos delatores, o ex-procurador da República Marcelo Miller, que trocou a assessoria do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por um escritório de advocacia contratado pela JBS. Os delatores dão a entender que no mesmo período em que auxiliava Janot na Lava Jato, Miller já trabalhava para a JBS.

Por terem omitido os episódios citados na conversa durante os depoimentos prestados como parte da delação premiada, os delatores poderão ter os benefícios de acordo cassados, conforme Rodrigo Janot anunciou nesta segunda-feira (04). Os dois delatores devem ser ouvidos novamente pela Procuradoria para explicar os episódios a que se referem na gravação.

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