Um acordo celebrado entre o Poder Judiciário e o Poder Executivo, por meio das Secretarias de Justiça e Saúde do Estado do Piauí, onde foram adotadas medidas de inovação para a solução do problema dos pacientes com transtorno mental recolhidos no sistema prisional piauiense foi destaque nesta semana, no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os internados do Valter Alencar passarão por triagem e serão encaminhados para a Rede de Atenção Psicossocial do Estado, onde será elaborado o Projeto Terapêutico Singular. A iniciativa possibilitou, ao reformular o Hospital, transformar o mesmo em Unidade de Apoio Prisional (UAP). "Os pacientes judiciários da unidade estão sendo desinternados e encaminhados para as residências terapêuticas no Hospital Areolino de Abreu, ou para suas famílias, o que vai melhorar o tratamento à saúde e fortalecer os vínculos social e familiar”, afirmou o Secretário de Justiça, Daniel Oliveira.
"O acordo celebrado no Piauí vai além dos benefícios aos internados no Hospital Penitenciário Valter Alencar, já que estabelece uma "nova política", ao impor a disponibilização da rede pública de saúde os pacientes oriundos do sistema de justiça criminal e ainda vinculados ao sistema prisional, visando à desinternação progressiva dessas pessoas em favor da Rede de Atenção Psicossocial do SUS", pontua o CNJ.
A extinção do Hospital Penitenciário do Piauí atende à Lei 10.216/2001, que trata da reforma psiquiátrica e torna dispensáveis os Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. Agora, como Unidade de Apoio Prisional, o local passou a funcionar apenas para dar suporte no atendimento básico à saúde de pessoas privadas de liberdade no sistema penitenciário do Estado.
Em 2014, o juiz José Vidal de Freitas determinou a remoção de 44 pacientes psiquiátricos, então internados e em convívio com presos na Colônia Agrícola Major César Oliveira, além da adequação do Hospital Penitenciário Valter Alencar ao modelo de um hospital psiquiátrico. Esse acordo foi relevante para o apoio do Conselho Nacional de Justiça ao destacar o Piauí.
Brasil
Segundo informações do Sistema de Informações Penitenciárias (Infopen) de 2014, o sistema prisional brasileiro possui 813 homens e 33 mulheres com deficiência intelectual e 2.497 pessoas em cumprimento de medida de segurança na modalidade de internação psiquiátrica. Aproximadamente 85% destas pessoas estão em alas psiquiátricas ou hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, e os 15% restantes, em unidades prisionais comuns.
Imagem: Divulgação Hospital Penitenciário Valter Alencar
Esse acordo é sobre a extinção do Hospital Penitenciário Valter Alencar, onde foi iniciado a desinternação de pacientes com transtorno mental da unidade hospitalar. O CNJ apoiou a iniciativa, que extinguiu uma ação ajuizada em 2014 pelo Ministério Público do Piauí e determinou a extinção progressiva do Hospital.Trata-se de mais uma estratégia da gestão do ministro Ricardo Lewandowski a ser oficializada em breve com o intuito de melhorar a qualidade dos espaços prisionais, segundo o próprio CNJ.Os internados do Valter Alencar passarão por triagem e serão encaminhados para a Rede de Atenção Psicossocial do Estado, onde será elaborado o Projeto Terapêutico Singular. A iniciativa possibilitou, ao reformular o Hospital, transformar o mesmo em Unidade de Apoio Prisional (UAP). "Os pacientes judiciários da unidade estão sendo desinternados e encaminhados para as residências terapêuticas no Hospital Areolino de Abreu, ou para suas famílias, o que vai melhorar o tratamento à saúde e fortalecer os vínculos social e familiar”, afirmou o Secretário de Justiça, Daniel Oliveira.
Imagem: Lucas Dias/GP1Secretário de Justiça, Daniel Oliveira
"O acordo celebrado no Piauí vai além dos benefícios aos internados no Hospital Penitenciário Valter Alencar, já que estabelece uma "nova política", ao impor a disponibilização da rede pública de saúde os pacientes oriundos do sistema de justiça criminal e ainda vinculados ao sistema prisional, visando à desinternação progressiva dessas pessoas em favor da Rede de Atenção Psicossocial do SUS", pontua o CNJ.
Imagem: GP1Hospital Areolino de Abreu
A extinção do Hospital Penitenciário do Piauí atende à Lei 10.216/2001, que trata da reforma psiquiátrica e torna dispensáveis os Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. Agora, como Unidade de Apoio Prisional, o local passou a funcionar apenas para dar suporte no atendimento básico à saúde de pessoas privadas de liberdade no sistema penitenciário do Estado.
Em 2014, o juiz José Vidal de Freitas determinou a remoção de 44 pacientes psiquiátricos, então internados e em convívio com presos na Colônia Agrícola Major César Oliveira, além da adequação do Hospital Penitenciário Valter Alencar ao modelo de um hospital psiquiátrico. Esse acordo foi relevante para o apoio do Conselho Nacional de Justiça ao destacar o Piauí.
Brasil
Segundo informações do Sistema de Informações Penitenciárias (Infopen) de 2014, o sistema prisional brasileiro possui 813 homens e 33 mulheres com deficiência intelectual e 2.497 pessoas em cumprimento de medida de segurança na modalidade de internação psiquiátrica. Aproximadamente 85% destas pessoas estão em alas psiquiátricas ou hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, e os 15% restantes, em unidades prisionais comuns.
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