Pelo menos 19 das 27 superintendências de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, responsáveis pela fiscalização e inspeção de rebanhos e lavouras nos Estados, estão sob o comando de pessoas indicadas por políticos. Com maior número de indicações aparece o PMBD com 10, seguido do PP (4), PR e PSDB (2) e PTB (1). As indicações que foram feitas nos governos Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer.
A Operação Carne Fraca deflagrada pela Polícia Federal (PF) descobriu durante dois anos de investigações a prática das indicações políticas no setor. Para os investigadores, a corrupção nas superintendências do Paraná e de Goiás alimentou caixas partidários.
- Foto: Facebook/Blairo Maggi
Blairo Maggi
Após a descoberta dos esquemas de propinas pagas por frigoríficos a fiscais do Ministério, os superintendentes Gil Bueno de Magalhães e Júlio César Carneiro, indicados pelo PP e pelo PTB, que atuavam nos dois estados, foram exonerados pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Os substitutos ainda estão em processo de escolha, mas descartou o critério político. “Será indicação minha. Não política”, disse.
De acordo com o Estadão, o superintendente exonerado em Goiás foi indicado em 2015 na gestão da então ministra Kátia Abreu, no governo Dilma. Já o superintendente afastado do Paraná, foi nomeado pelo ministro Blairo Maggi, a pedido do PP. A lista dos apadrinhados inclui 12 nomeados pelo governo Temer, seis pela gestão Dilma e um ainda pelo ex-presidente Lula.
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