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Política

Inquérito apura se Lula participou da venda de MPs

O ofício do delegado da PF, Marlon Cajado, pede a abertura de inquérito para apurar o envolvimento de oito servidores públicos suspeitos de vendas de MPs.

Marlon Cajado, delegado da Polícia Federal, escreveu um ofício explicando para a Justiça Federal a necessidade de abrir um novo inquérito - 1621, de 2015 – para apurar o envolvimento de outros oito “servidores públicos”. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está entre os servidores suspeitos de venda de medidas provisórias investigando na Operação Zelotes.

Imagem: Roberto Jayme/ReutersLula será ouvido como testemunha e não como investigado(Imagem:Roberto Jayme/Reuters)Lula será ouvido como testemunha e não como investigado

Até agora o Instituto Lula ainda não se manifestou. O ex-presidente deu informações à Operação Zelotes somente como forma de colaboração e o instituto afirma que Lula não é investigado ou testemunha.

O ofício é datado da terça-feira (2) e é uma explicação do policial ao juiz Vallisney de Sousa Oliveira, titular da 10ª Vara Federal de Brasília. Marlon Cajado contesta a reclamação de advogados de acusados sobre a existência de um “inquérito paralelo” na Zelotes sobre o mesmo fato.

“Não há paralelismo. […] O que de fato acontece é que uma investigação criminal pode ocorrer em mais de um procedimento policial e judicial”, afirma Cajado.

Cajado afirma ainda que há indícios suficientes contra dois funcionários públicos – Fernando César de Moreira Mesquita, servidor do Senado, e Lytha Battiston Spíndola, então assessora especial da Casa Civil.

No ofício também está exposta a necessidade do inquérito para saber se houve o envolvimento efetivo de outros servidores. O nome de Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil no governo do ex-presidente Lula e Gilberto Carvalho, ministro no governo Lula e no primeiro mandato do governo Dilma.

"Os demais documentos juntados aos autos apontam para eventuais colaborações de outros servidores públicos para a consecução dos interesses da organização criminosa, e, buscando-se evitar conclusões precipitadas, fez-se necessário a instauração de novo procedimento policial expediente [para] tentar alcançar a verdade real sobre os fatos apurados, isto é, se outros servidores públicos foram de fato corrompidos e estariam associados à essa organização criminosa ou se estariam “vendendo fumaça”, vitimando-os e praticando tráfico de influência em relação aos mesmos, a saber: Erenice Guerra, Dyogo Henrique de Oliveira, Nelson Machado, Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, Helder Silva Chaves, Ivan João Guimarães Ramalho e Miguel João Jorge Filho, entre outros”, diz o delegado no ofício.



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