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Itamaraty critica ato militar na Venezuela após declaração de Trump

Apesar de não citar nomes, a divulgação da nota aconteceu logo após a polêmica declaração do presidente Donald Trump.

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota criticando uma ação militar na Venezuela. Apesar de não citar nomes, a divulgação da nota do Itamaraty aconteceu logo após a polêmica declaração do presidente Donald Trump.

A Venezuela passa por uma situação crítica, com a falta de comida e uma das maiores inflações do mundo. Trump criticou as ações que estão sendo implementadas pelo ditador Nicolás Maduro, como a formação de uma Assembleia Nacional Constituinte, que tem sido considerada uma fraude pela oposição venezuelana, devido às mudanças extremas que estão sendo feitas na Constituição do país.

  • Foto: AFPNicolás MaduroNicolás Maduro

Trump afirmou: "As pessoas estão sofrendo e morrendo. Nós temos muitas opções para a Venezuela, incluindo a opção militar se necessário”. Para o governo brasileiro é importante que a situação no país seja resolvida com “diálogo e diplomacia”.

“Os países do Mercosul consideram que os únicos instrumentos aceitáveis para a promoção da democracia são o diálogo e a diplomacia. O repúdio à violência e a qualquer opção que envolva o uso da força é inarredável e constitui base fundamental do convívio democrático, tanto no plano interno como no das relações internacionais", afirmou o Itamaraty na nota”, afirmou.

  • Foto: ReutersDonald TrumpDonald Trump

Ele destacou ainda que estão sendo tomadas medidas contra o país. “As medidas anunciadas pelo governo e pela assembleia nacional constituinte nos últimos dias reduzem ainda mais o espaço para o debate político e para a negociação. Os países do Mercosul continuarão a insistir, de forma individual e coletiva, para que a Venezuela cumpra com os compromissos que assumiu, de forma livre e soberana, com a democracia como única forma de governo aceitável na região”, afirma a nota.

Confira a nota na íntegra:

A decisão de suspender a Venezuela em aplicação do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul foi tomada, em 5 de agosto, em decorrência da constatação de que ocorreu uma grave ruptura da ordem democrática naquele país. Desde então, aumentaram a repressão, as detenções arbitrárias e o cerceamento das liberdades individuais. As medidas anunciadas pelo governo e pela assembleia nacional constituinte nos últimos dias reduzem ainda mais o espaço para o debate político e para a negociação.

Os países do Mercosul continuarão a insistir, de forma individual e coletiva, para que a Venezuela cumpra com os compromissos que assumiu, de forma livre e soberana, com a democracia como única forma de governo aceitável na região. O governo venezuelano não pode aspirar ao convívio normal com seus vizinhos na região enquanto não for restaurada a democracia no país.

Ao mesmo tempo, os países do Mercosul consideram que os únicos instrumentos aceitáveis para a promoção da democracia são o diálogo e a diplomacia. O repúdio à violência e a qualquer opção que envolva o uso da força é inarredável e constitui base fundamental do convívio democrático, tanto no plano interno como no das relações internacionais.

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