A sessão de votação do projeto de regulamentação dos transportes por aplicativo iniciou com tumulto na manhã desta terça-feira (11), na Câmara Municipal de Teresina. O projeto deve ser votado ainda hoje em caráter de urgência.
Os parlamentares tentaram iniciar a sessão, mas em meio a protestos, os motoristas de aplicativo impediram o início. Segundo testemunhas, uma mulher teria sido agredida por um taxista.
O presidente da Câmara, vereador Jeová Alencar, chegou a suspender a votação e ainda solicitou a presença da Tropa de Choque da Polícia Militar, para conter os manifestantes.
O vereador de Teresina Deolindo Moura (PT) disse que o prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB) precisa comprimir com a promessa de assegurar que os motoristas de aplicativo não ficarão desempregados com a aprovação do Projeto de Lei. “O prefeito conversou com os vereadores e disse que não haveria desemprego. Os usuários da Uber também não podem ser prejudicados”, alertou Deolindo.
Dudu Borges (PT) também se posicionou e, apesar de afirmar que não pretende ‘puxar brasa para sardinha’ de nenhum dos lados, em entrevistas anteriores, chegou a advogar em favor dos motoristas de táxi. “É preciso que os direitos e deveres sejam aplicados tanto para taxistas quanto para motoristas de aplicativo. Nunca serei contra quem quer trabalhar”, ponderou Dudu.
Sob forte represália, a líder da Prefeitura na Câmara, a vereadora Graça Amorim (PMB) afirmou que os colegas de Casa contrários ao projeto, estão manobrando para que a proposta não seja votada este ano.
"O projeto será mantido em regime de urgência e quem não leu foi por que não quis. Querem postergar a discussão para 2019", alegou Graça.
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