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Teresina - Piauí

Justiça condena acusados de matar policial na Clínica Santa Fé

A sentença da juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 4ª Vara Criminal, é de 3 de março deste ano.

A juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 4ª Vara Criminal, condenou dois homens acusados de matar o policial militar reformado Raimundo Carlos Pereira da Silva, 56 anos, durante tentativa de assalto à clinica Santa Fé, onde a vítima trabalhava como segurança. A sentença é de 3 de março deste ano.

Segundo a denúncia do Ministério Público, por volta das 15 horas, de 20 de maio de 2015, Francisco Eudes Carneiro Lemos, mais conhecido como Dirceu, em poder de arma de fogo, auxiliado por Antônio Carlos Rodrigues da Silva, o Thiago, abordou Marcos Antônio da Silva Santos, que trabalhava como motoboy da clínica, e anunciou um assalto. Raimundo reagiu e Francisco Eudes atirou contra o policial o atingindo no tórax. Ele não resistiu e morreu.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Clínica e Maternidade Santa FéClínica e Maternidade Santa Fé

Foi apurado que após realizar pagamentos da clínica em diversas agências bancárias, Marcos Antonio retornou ao seu local de trabalho, entrou pelo portão dos fundos, e na porta de acesso ao refeitório foi surpreendido com a chegada de Francisco Eudes, que anunciou o assalto e exigiu que ele entregasse a mochila. No mesmo instante Francisco efetuou um disparo que atingiu a porta. Então Marcos correu sendo perseguido por Francisco até o refeitório onde se encontrava Raimundo Carlos. Em seguida, Francisco puxou a mochila de Marcos e, diante do ato, Raimundo reagiu entrando em luta corporal com o assaltante que disparou dois tiros, um deles atingiu Raimundo no tórax, que foi levado ainda para o hospital, mas não resistiu e morreu.

O assaltante fugiu levando a mochila, que segundo o motoboy só havia comprovantes de pagamentos.

Após denúncia anônima, a polícia chegou até Thiago e, posteriormente, a Francisco Guedes. No momento da prisão de Thiago, sua esposa, Helane Andrea Silva Viana, estava presente e com ela a polícia encontrou três munições calibre 38 e uma munição calibre 22. Helane foi presa em flagrante.

Antônio Carlos Rodrigues da Silva, vulgo Thiago, foi condenado por latrocínio a 20 anos e 3 meses de reclusão, em regime fechado, que deverá ser cumprida na penitenciária Irmão Guido e pagamento de 203 dias-multa, na razão unitária de 1/30 do valor de um salário mínimo vigente à época dos fatos.

O juiz decretou a prisão preventiva de Thiago e negou a ele o direito de recorrer em liberdade.

Francisco Eudes Carneiro Lemos, vulgo Dirceu, também foi condenado por latrocínio a 22 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, e pagamento de 226 dias-multa na razão unitária de 1/30 do valor de um salário mínimo vigente à época dos fatos.

Como Francisco está preso desde 2 de junho de 2015, perfazendo 1 ano, 9 meses e dois dias de pena cumprida, portanto resta a pena de 20 anos, 8 meses e 28 dias a ser cumprida inicialmente na penitenciária Irmão Guido.

O magistrado ainda decidiu manter a prisão preventiva de Francisco e também negou-lhe o direito de recorrer em liberdade.

Helane Andrea Silva Viana foi condenada por porte ilegal de munição a 2 anos de reclusão, em regime aberto, e 20 dias-multa na razão unitária de 1/30 do valor de um salário mínimo vigente à época dos fatos, devendo ser paga no prazo de 10 dias, após o trânsito em julgado.

A pena privativa de liberdade foi substituída por duas restritivas de direitos: prestação pecuniária no valor de R$ 937,00 cujo valor deverá ser recolhido em favor de entidade pública ou privada com destinação social e prestação de serviço à comunidade ou entidade pública, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho.

Em caso de descumprimento das penas restritivas de direito, a ré deverá cumprir a pena privativa de liberdade na Casa de Albergado de Teresina.

O juiz concedeu o direito de Helane recorrer da sentença em liberdade.

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