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Magistrado ameaça deixar sessão por causa da roupa de advogada

A sessão só foi retomada quando um advogado emprestou seu terno para que a advogada pudesse fazer a sustentação oral.

O desembargador Eugênio José Cesário Rosa, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 18ª Região de Goiânia (GO), ameaçou deixar a sessão, realizada nesta quinta-feira (17), por considerar as roupas da advogada Pamela Helena de Oliveira Amaral como inadequadas. Um vídeo gravado pelo advogado Lucas Jabur Chaves, de 28 anos, registrou a situação.

“Temos um decoro forense a cumprir, a atividade do advogado requer esse decoro, a senhora tem que estar à altura na forma e na aparência com o exercício dessa atividade”, disse o magistrado no vídeo.

Em entrevista ao site Exame.com, Lucas Jabur defendeu a advogada: “Ela não estava malvestida. Esse é um excesso de formalismo que o judiciário brasileiro tem. Ela pediu perdão ao desembargador e saiu chorando da sala de audiência”, declarou.

A sessão só foi retomada quando um advogado emprestou seu terno para que a advogada pudesse fazer a sustentação oral. A advogada usava um vestido com os ombros à mostra.

O desembargador disse ainda: “O fórum é todo feito de simbologia, olha as bandeiras de simbologia lá, olha nossas togas, a que a senhora vai vestir aí e a senhora vem fazer uma sustentação oral de camiseta? Se for para fazer, eu saio”.

TRT da 18º Região divulgou nota sobre o caso

“Quanto ao ocorrido com a advogada na 2ª Turma de Julgamento, o Tribunal Regional do Trabalho da 18a. Região lamenta e entende ser um incidente isolado, acreditando na manutenção das boas relações mantidas com a nobre classe dos advogados ao longo dos seus quase 27 anos de existência, sempre pautadas pelo mútuo respeito às prerrogativas próprias do exercício das relevantes funções igualmente indispensáveis à administração da justiça”.

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