Fechar
GP1

Brasil

Ministério falhou na fiscalização da Lei Rouanet, diz PF

Desde 2001 o grupo conseguiu a aprovação de R$ 180 milhões em projetos fraudulentos.

Na manhã desta terça-feira (28), a Polícia Federal junto com o Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União, desarticularam a Operação Boca Livre, que investiga fraudes na Lei Rouanet. A PF disse que o Ministério da Cultura falhou na fiscalização da Lei Rouanet.

De acordo com as investigações da Operação Boca Livre desde 2001 um grupo criminoso atuava no Minc. Além disso, durante esse tempo conseguiram a aprovação de R$ 180 milhões em projetos fraudulentos.

Segundo o delegado Rodrigo “o fato é que houve, a investigação demonstrou que houve no mínimo uma falha de fiscalização no Ministério da Cultura uma vez que o grupo investigado ainda que tenha sido detectado eventuais falhas de projetos, ele continuou contratando, obtendo a aprovação de projetos junto ao Minc".
Imagem: Globol(Imagem:Globo)Minc falhou na fiscalização da Lei Rouanet, diz PF
Segundo a procuradora Karen Kahn “a verdade é que todos os projetos eram captados por parte desse grupo, que inclusive apresenta traços bastante assemelhados a uma organização criminosa. Vários desses projetos eram captados ou a sua maioria com superfaturamentos. E a diferença desses valores, desse superfaturamento, eram revertidos em valores do próprio grupo e para aqueles patrocinadores que se utilizam desses valores ara sua autopromoção como empresas”, afirmou.

De acordo com o G1, a procuradora ainda disse que as empresas financiadoras dos eventos e projetos culturais também recebiam dinheiro do grupo investigado. “A questão é que elas [empresas] ganhavam duplamente porque na medida em que elas já eram beneficiadas com as deduções de imposto de renda. Além disso, existia essa contrapartida que é como uma condição para que elas patrocinassem os projetos, então era um toma lá dá cá. Era uma forma delas aumentarem os seus lucros aproveitando esse superfaturamento que acabava sendo revertido em seu próprio proveito”, relatou.

O chefe da Procuradoria Geral da União no estado de São Paulo, Roberto Viegas, informou que “existem casos de pagamento do proponente para a patrocinadora de propina. Alguns desses casos foram detectados. Quando o proponente buscava esse patrocínio além de negociar contrapartida com livros ou com eventos também havia um percentual daquele recurso que seria captado para ser repassado em um outro momento à patrocinadora em torno de 30%”, finalizou.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.