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Ministério Público denuncia donos da construtora Realize

Estima-se que mais de 500 vítimas compraram imóveis, sendo que algumas até pagaram a vista, mas nenhuma propriedade foi entregue aos mesmos.

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarCristina Ibiapina(Imagem:Reprodução)Cristina Ibiapina
Após rastrear a movimentação financeira de três construtoras: Realize Ltda, Essencial e Incorporadora Ltda e a Real e Incorporadora Ltda, a Polícia Civil do Piauí concluiu que as mesmas foram utilizadas para enganarem pessoas que sonhavam com a aquisição da casa própria. Estima-se que mais de 500 vítimas compraram imóveis, sendo que algumas até pagaram a vista, mas nenhuma propriedade foi entregue aos mesmos.

A investigação aconteceu por meio da Assessoria Especial – Setor de Inquéritos da Delegacia Geral e do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil (LAB-LD/PC-PI). Conforme a investigação, ficou apontado o claro intento de uso de outras pessoas jurídicas (empresas de fachada) com objetivo de blindar o patrimônio de Cristina Rose Ibiapina Nunes de Souza e Gladson Nunes de Souza, em uma empreitada criminosa que se utilizava de laranjas ou pessoas interpostas e envolvia a distribuição indevida de lucros e dividendos.

Por representação da Polícia Civil do Piauí, alguns imóveis foram sequestrados por determinação do Poder Judiciário Piauiense. Já foram instaurados quatro inquéritos policiais para investigar os fatos, e o primeiro deles já foi concluído, constando denúncia oferecida pelo Ministério Público pelos crimes de estelionato, gestão temerário ou fraudulentas e lavagem de dinheiro.

Em entrevista ao GP1, a Delegada Carla Brizzi, afirmou que seis pessoas são investigadas nesse esquema de lavagem de dinheiro. “O inquérito que já está com o Ministério Público concluiu que eles distribuíam esse lucro de forma ilegal entre si".

Em nota, a Real Construtora já havia negado todas as acusações e denominou as mesmas de injúrias, calúnias e difamações.

No ano passado, a empresária Cristina Ibiapina, proprietária da Construtora Realize, ficou um mês presa, sendo até transferida para a Penitenciária Feminina. A Delegada Carla Brizzi disse também que por enquanto não é possível pedir a prisão dessas pessoas, pois as mesmas sempre que são solicitadas, obedecem as decisões policiais e aparecem para prestar depoimentos ou esclarecimentos sobre o crime que estão sendo investigados.

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