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Política

Ministério Público diz que Dilma repetiu pedaladas em 2015

Caso seja provada, será mais um motivo para o pedido de impeachment.

O Ministério Público de Contas, órgão que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), vai apresentar representação à corte sobre possível repetição de “pedaladas fiscais” em 2015.

As pedaladas fiscais foram o principal motivo para o TCU rejeitar as contas de 2014 da presidente Dilma esta semana.
Imagem: Foto: DivulgaçãoPresidente Dilma Rousseff(Imagem:Foto: Divulgação)Presidente Dilma Rousseff

A denúncia de que estas manobras ainda estejam sendo feitas este ano deve motivar uma nova investigação no tribunal.

Caso seja provada a repetição da prática no segundo mandato, haverá uma nova crise política onde oposição e parte insatisfeita da base aliada poderá entrar com um processo de impeachment baseada no parecer do TCU.

De acordo com reportagem do Estadão, em março a Caixa Econômica Federal fechou com déficit de 44 milhões de reais na conta para pagamento do Seguro-Desemprego, que é 100% financiado por recursos federais.

Esse rombo indica que a Caixa pode ter sido forçada a usar recursos próprios para pagar o programa.

Na última sexta-feira (9) o procurador do MP, Júlio Marcelo de Oliveira, assinou uma representação ao TCU informando que R$ 40,2 bilhões de reais continuam em aberto.

Desse valor, R$ 24,5 bilhões estão pendurados pelo Tesouro Nacional do BNDS e R$ 13,5 bilhões o governo deve ao Banco do Brasil.

As pedaladas são consideradas pelo TCU como crimes fiscais por que a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe que instituições financeiras públicas financiem seu controlador (governo).

“Não obstante a forma clara e categórica que o TCU reprovou essa conduta, o governo federal, em 2015, não promoveu qualquer alteração na forma como os valores das equalizações são apurados”, aponta o procurador.

O procurador destaca que a dívida do Tesouro Nacional com o Banco do Brasil aumentou este ano – era de R$ 10,9 bilhões e agora é de R$ 13,5 bilhões.

Oliveira ainda aponta outra ilegalidade fiscal do governo, o Banco Central continua sem registrar nas estatísticas oficiais essa dívida, já que é feita através de pedaladas fiscais.

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