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Política

Ministros devem receber cartilha para se defenderem de "pedaladas"

O roteiro é composto com perguntas e respostas.

Após a reprovação das contas do governo Dilma de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a Advocacia-Geral da União resolveu fazer uma espécie de cartilha para os ministros do primeiro escalão se defenderem das perguntas feitas pela imprensa.

O roteiro composto com perguntas e respostas, foi apresentado pelos ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, Nelson Barbosa (Planejamento) e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

Imagem: Valter/Campanato/Agência BrasilMinistro da Casa Civil Jaques Wagner (Imagem:Valter/Campanato/Agência Brasil)Ministro da Casa Civil Jaques Wagner

De acordo com a Veja, a proposta foi apresentada na quinta-feira (8) durante a reunião promovida pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. O intuito é que os ministros saibam como se defender, além de unificarem o discurso a favor do governo.

O governo também pediu aos ministros que eles "interajam politicamente" junto às respectivas bancadas, ou seja, convençam deputados e senadores da legalidade das operações rejeitadas pelo TCU. O Palácio do Planalto ainda pediu para que eles atuem como formadores de opinião e promulguem os argumentos também em suas bases eleitorais e setores sociais de origem.

Reação de Dilma Rousseff

Após a reunião, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner informou que a presidente Dilma Rousseff parecia bastante tranquila quanto à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele ainda disse que cabe ao advogado-geral, Luís Inácio Adams, contemporizar o resultado negativo por unanimidade (9 a 0) na análise das contas.

Acusações

O advogado Luís Inácio Adams negou as acusações feitas pelo TCU, dizendo que o governo federal não violou a Lei de Responsabilidade em 2014. Ele também negou que o pedido de afastamento do ministro Augusto Nardes tenha sido um ataque do governo à corte. Nardes é o relator do processo.

Votação do Tribunal de Contas da União


A reprovação das contas de um presidente do Brasil acontece pela segunda vez na história. A primeira vez aconteceu em 1937, durante o governo Getúlio Vargas. Mas na ocasião, o Congresso Federal não seguiu a recomendação feita pelo tribunal.

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