A Praça das Ações Comunitárias está localizada no Parque Piauí, zona sul de Teresina, e é uma área de domínio de Mata atlântica com uma vegetação vasta. As árvores plantadas na praça são de valor sentimental para a população, mas poderão ser derrubadas devido à decisão da Prefeitura de Teresina de construir um terminal para os passageiros do transporte coletivo da capital, no local.
Segundo dona Maria Júlia da Conceição Silva de 69 anos, que mora em frente à praça, o local é de lazer da população e ela ajudou a “criar” todas as plantas do local. Para a idosa a decisão é cruel e o espaço poderia ser utilizado para a construção de um local para realização de práticas esportivas, bem como para desfrutar de um ambiente com um clima agradável devido as grandes e floridas árvores da praça, sem causar danos ambientais.
A advogada Monna Vaz, que está acampada desde o primeiro dia de protesto, diz que o movimento não é contrário à questão de mobilidade urbana e tampouco a melhoria do transporte coletivo da capital. O que os manifestantes querem é um diálogo entre a população e a prefeitura.
“A questão é que o projeto foi construído de uma forma antidemocrática, não houve participação da população, não houve uma consulta prévia. O que a gente quer é alargar o debate e que haja uma audiência pública onde a população seja convocada em massa e de forma democrática para que sejam discutidas as melhores soluções. Para um projeto de grande impacto como esse tem que ser feito um licenciamento e estudo de impacto ao meio ambiente. Não é só uma pesquisa de opnião, tem que ter consulta prévia audiência pública e seguir todo um processo que é estabelecido no plano de mobilidade urbana nacional e estatuto das cidades, e não foi o que aconteceu”, destacou.
Sobre o posicionamento de compensar com a plantação de árvores em outros locais da cidade, a população afirma que essa atitude não mudará o prejuízo que eles sofrerão com a perda da praça. “Essa compensação ambiental é feita em longo prazo, primeiro as árvores não serão replantadas aqui, porque não terá lugar, e se não serão replantadas aqui essa compensação vai ser reduzida. Não será a população daqui que vai se beneficiar, claro que a climática é global, mas temos que pensar no local. Essa área é um domínio de mata atlântica, é uma região que deveria ser protegida porque é um patrimônio. Será um dano gravíssimo, que para ser reparado, demorará muitos anos”, disse a advogada.
A assessoria jurídica do movimento ingressou com uma Ação Popular com pedido de liminar para embargar a obra, e entrou em contato com a defensoria púbica e o Ministério Público do Estado para dialogarem sobre o caso.
Abraço Coletivo
Amanhã (07), às 17 horas, na Praça da Ações Comunitárias, acontecerá o Abraço Coletivo, onde a população teresinense poderá colaborar com diálogos que proponham alternativas de preservação do local, bem como para a construção do terminal. “A gente que unir forças para discutir soluções viáveis. Em nenhum momento queremos fazer baderna ou bagunça, o que queremos é construir uma ideia viável para o município de Teresina, para não prejudicar o nosso meio ambiente”, disse a advogada Monna Vaz.
Imagem: Renayra de Sá/GP1Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Como protesto membros de associações ambientais e moradores de bairros da capital se mobilizaram e estão acampados na praça desde a última sexta-feira(02). Para a construção do terminal de passageiros quase 177 árvores deverão ser derrubadas.Segundo dona Maria Júlia da Conceição Silva de 69 anos, que mora em frente à praça, o local é de lazer da população e ela ajudou a “criar” todas as plantas do local. Para a idosa a decisão é cruel e o espaço poderia ser utilizado para a construção de um local para realização de práticas esportivas, bem como para desfrutar de um ambiente com um clima agradável devido as grandes e floridas árvores da praça, sem causar danos ambientais.
Imagem: Renayra de Sá/GP1Dona Maria Júlia
“Ajudei a plantar e criei. Aguava, varria, capinava, botava o lixo nos carros. Todos os dias eu fazia isso, não faço mais por conta de um problema na coluna. Eu acho que o [prefeito] Firmino Filho nunca nem pisou aqui, e agora o que ele quer fazer com a gente é tirar a praça. O que ele poderia fazer seria uma academia para nós, uma brincadeira para as crianças. Isso ele não faz”, criticou. A advogada Monna Vaz, que está acampada desde o primeiro dia de protesto, diz que o movimento não é contrário à questão de mobilidade urbana e tampouco a melhoria do transporte coletivo da capital. O que os manifestantes querem é um diálogo entre a população e a prefeitura.
“A questão é que o projeto foi construído de uma forma antidemocrática, não houve participação da população, não houve uma consulta prévia. O que a gente quer é alargar o debate e que haja uma audiência pública onde a população seja convocada em massa e de forma democrática para que sejam discutidas as melhores soluções. Para um projeto de grande impacto como esse tem que ser feito um licenciamento e estudo de impacto ao meio ambiente. Não é só uma pesquisa de opnião, tem que ter consulta prévia audiência pública e seguir todo um processo que é estabelecido no plano de mobilidade urbana nacional e estatuto das cidades, e não foi o que aconteceu”, destacou.
Imagem: Renayra de Sá/GP1Monna Vaz
Segundo a advogada os danos causados pelo desmatamento das 177 árvores da praça serão ambientais e psicológicos, pois o local faz parte da memória dos moradores. “O impacto ambiental é enorme. Com a colocação de concreto haverá uma elevação de calor muito grande e os tapumes que foram colocados estão agredindo a população idosa, por meio de poluição visual. E sem contar com agressão psicológica que as pessoas que estão acostumadas com a praça vão sofrer, porque isso tudo faz parte da vida das pessoas que moram aqui. Tem gente que hoje já é falecido que plantou e regou cada uma dessas árvores. Então, essa praça tem a ver com a memória da população local, como lazer, entretenimento, local de reunião e encontro da comunidade. Esse lugar não é só importante apenas por conta do ambiente, é também devido à memória da população local”, destacou. Sobre o posicionamento de compensar com a plantação de árvores em outros locais da cidade, a população afirma que essa atitude não mudará o prejuízo que eles sofrerão com a perda da praça. “Essa compensação ambiental é feita em longo prazo, primeiro as árvores não serão replantadas aqui, porque não terá lugar, e se não serão replantadas aqui essa compensação vai ser reduzida. Não será a população daqui que vai se beneficiar, claro que a climática é global, mas temos que pensar no local. Essa área é um domínio de mata atlântica, é uma região que deveria ser protegida porque é um patrimônio. Será um dano gravíssimo, que para ser reparado, demorará muitos anos”, disse a advogada.
A assessoria jurídica do movimento ingressou com uma Ação Popular com pedido de liminar para embargar a obra, e entrou em contato com a defensoria púbica e o Ministério Público do Estado para dialogarem sobre o caso.
Abraço Coletivo
Amanhã (07), às 17 horas, na Praça da Ações Comunitárias, acontecerá o Abraço Coletivo, onde a população teresinense poderá colaborar com diálogos que proponham alternativas de preservação do local, bem como para a construção do terminal. “A gente que unir forças para discutir soluções viáveis. Em nenhum momento queremos fazer baderna ou bagunça, o que queremos é construir uma ideia viável para o município de Teresina, para não prejudicar o nosso meio ambiente”, disse a advogada Monna Vaz.
Imagem: Renayra de Sá/GP1Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1 Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1 Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1 Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1 Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1 Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1 Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1 Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1 Movimento na Praça das Ações Comunitárias
Imagem: Renayra de Sá/GP1 Movimento na Praça das Ações Comunitárias
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