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Política

MPE pede cassação de Temer e inelegibilidade de Dilma

Na próxima terça-feira (04) começa o julgamento da ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico em 2014.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o presidente Michel Temer (PMBD) tenha o mandato cassado e que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) fique inelegível, segundo fontes que acompanham as investigações. A manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), mantida sob sigilo, foi encaminhada na noite desta terça-feira ao TSE.

Está marcado para a próxima terça-feira (04), o começo do julgamento da ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014. O TSE dedicará quatro sessões da semana que vem – duas extraordinárias e duas ordinárias – para se debruçar sobre o caso, que poderá levar à cassação de Temer e à convocação de eleições indiretas.

Caso os ministros do TSE sigam o entendimento da PGE – ou seja, cassarem Temer, mas o deixarem elegível –, ele poderia concorrer numa eleição indireta. A defesa de Temer só manifestará no julgamento. A defesa de Dilma não se manifestou.

O parecer foi assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, que atua na Corte Eleitoral por delegação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Um parecer do MPE, no ano passado, recomendou que o pedido da defesa de Temer para separar sua responsabilidade em relação à da ex-presidente Dilma Rousseff no processo fosse rejeitado. Na época, Dino afirmou que “o abuso de poder aproveita a chapa em sua totalidade, beneficiando a um só tempo o titular e o vice”.

  • Foto: FramePhoto/EstadãoTemer e DilmaTemer e Dilma

Em outro parecer, o MPE indicou a existência de “fortes traços de fraude e desvio de recursos” ao analisar as informações colhidas com a quebra do sigilo bancário das gráficas Red Seg Gráfica, Focal e Gráfica VTPB, contratadas pela chapa Dilma-Temer.

De acordo com a Veja, o PSDB, partido derrotado nas eleições para presidente em 2014, foi quem propôs à ação no mesmo ano. Nas alegações finais entregues ao TSE nos últimos dias, o PSDB isentou o presidente Michel Temer de responsabilidade.

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