""Não existe ainda nenhum martelo batido"", diz Firmino Filho sobre aliança com PMDB e PSB

O prefeito Firmino Filho (PSDB) comentou na manhã desta terça-feira (4) sobre as conversas que estão acontecendo entre o PSDB, PMDB e PSB sobre aliança para as eleições deste ano. O nome de Silvio Mendes (PSDB) é o escolhido pelo partido para disputar como vice em uma chapa encabeçada pelo deputado federal Marcelo Castro (PMDB), pré-candidato ao governo, e com Wilson Martins (PSB), que disputaria o senado.

Segundo o prefeito, muitas conversas ainda deverão acontecer para que a aliança seja formalmente realizada. “Nós temos tido muitas conversas com PSB e PMDB. Ontem mesmo estivemos conversando com o governador Wilson Martins, o deputado Marcelo Castro e o Silvio Mendes. Estão tendo muitas conversas, porque eu acho que coligação se faz assim. Conversando. Não é da noite para o dia. É necessário que possamos aplanar sobre os vários temas que são relevantes para os partidos. Nós sabemos que temas são esses. Como por exemplo, a presidência da república e sua sucessão, assim como os compromissos com a sociedade”, disse.

Segundo Firmino Filho, antes de uma aliança ser fechada é preciso discutir alguns problemas da sociedade, especialmente, os de Teresina, da qual é prefeito.

“É preciso discutir, por exemplo, as questões relacionadas ao saneamento básico de Teresina, onde não podemos mais conviver com essa crise da Agespisa, com essa falta de esgoto. Essa falta de abastecimento de água. Na questão da mobilidade urbana, o governador avançou muito, ao realizar obras estruturantes e nós queremos a continuidade desse processo. Chamo também atenção no aprofundamento da parceria na área da saúde, onde Teresina não pode carregar nos seus ombros toda a saúde pública do Piauí. Chamo atenção para a questão do HUT, onde de 100 cirurgias, 55 são do interior, 15 do Maranhão e apenas 30 de Teresina. Para se ter uma ideia, Teresina gasta 10% da sua receita líquida somente com o HUT. Algo de R$ 84 milhões para atender de cada 10 pacientes, apenas 3 de Teresina. Então, Teresina está gastando muito para sustentar o estado no seu ombro. É preciso aprofundar essa situação e discutir de forma clara outros desafios relevantes para a sociedade”, afirmou.

Firmino disse que ainda tem muito tempo para o partido discutir os rumos dessa coligação. “Não existe ainda nenhum martelo batido. Ainda tem muitas conversas que serão feitas. Eu acho que não deve existir um tipo de ansiedade em relação a isso. Nós estamos em 4 de fevereiro e as eleições são em outubro. Vejam só, existe um lapso de tempo muito grande. Então não sei porque essa ansiedade. Vamos ter muita calma para que a gente possa consolidar algo que seja vitorioso”, disse o prefeito.
Questionado pelo GP1 se a decisão do PSDB nacional, que apenas a executiva nacional poderá decidir sobre o futuro das coligações nos estados, inclusive no Piauí, o prefeito afirmou que esse será outro ponto de discussão no partido sobre uma possível aliança com o PMDB.

“É uma postura do PSDB nacional, todas as coligações estaduais devem obedecer a uma determinação da executiva nacional e só podem ser efetivadas após a devida autorização.
Então nós temos essa frente de diálogo a ser travada junto ao PSDB nacional sobre a nossa coligação aqui, é necessário que possamos preservar com o nosso candidato a vice, um espaço para afirmação da nossa candidatura a presidência da república”, finalizou o prefeito em referência ao fato do partido ter como pré-candidato a presidência da república o senador Aécio Neves, sendo que o PMDB deverá apoiar a reeleição de Dilma Rousseff (PT) e o PSB o seu pré-candidato Eduardo Campos.

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