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Teresina - Piauí

Ocupação no Edgar Tito continua pelo menos até a próxima semana

Está marcado para a próxima quarta-feira (30), uma assembleia geral para decidirem o futuro do movimento.

Estudantes contra e a favor da ocupação no Centro de Educação Profissional (CEEP) Professor Edgar Tito, participaram nessa quarta-feira (23), de uma audiência pública com a diretoria da escola, representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, Conselho Tutelar e alguns sindicatos como o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte) e a Associação de Docentes da Universidade Estadual do Piauí (Adcesp).

O motivo da reunião foi discutir a permanência do movimento na escola estadual que fica localizada no bairro Memorare, zona norte de Teresina. “Vamos continuar ocupando pelo menos até a próxima semana, pois ficou decidido uma reunião para a próxima quarta-feira (30), às 9h, onde vamos decidir o futuro da ocupação” afirmou um dos ocupantes, Wallyson de Sousa. Segundo o mesmo, cerca de 50 pessoas, entre alunos, professores e apoiadores participam da ocupação, onde 20 dormem no local.

  • Foto: Carlos GaethEstudantes ocupam CEEP Professor Edgar TitoEstudantes ocupam CEEP Professor Edgar Tito

Assim como as demais ocupações em instituições de ensino como aconteceu na Universidade Federal do Piauí (UFPI) e no Instituto Federal do Piauí (IFPI), da zona Sul e em vários lugares do Brasil, os participantes protestam contra a PEC 241/55 (que congela os gastos públicos por 20 anos) e a reforma do ensino médio, proposta pelo então presidente da República, Michel Temer (PMDB). A ocupação na escola estadual teve início no dia 14 de novembro.

Segundo o diretor da escola, Lourival Luiz, nada foi decidido na reunião porque os ocupantes não querem acordo. “Nós estamos buscando um acordo, mas eles não querem, inclusive eu me propus ir até a secretaria de Educação para reservar um local com banheiros químicos e cozinha para eles poderem fazer esse movimento e não prejudicassem os demais estudantes, mas eles nem sequer me ouvem, sendo que muitos nem alunos de lá são”, destacou.

Por telefone, alguns manifestantes que preferiram não se identificar disseram estar sofrendo ameaças e perseguições por parte da direção, como reprovação e expulsão. Em resposta, o diretor afirmou que essas declarações são inverídicas. “Eles que não me deixar ao menos entrar na escola, estamos desde segunda-feira na escola James Azevedo [que fica próxima ao Edgar Tito] para dar aula para quem quer. Agora quem não quer, a gente não pode simplesmente colocar a nota, a gente até conversa com os professores para ajudar, mas tem que estudar”, ressaltou. O período letivo está previsto para encerrar no dia 29 de dezembro.

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