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Palestras abordam tratamentos com técnicas endovasculares em casos de aneurismas

I Congresso Piauiense de Cirurgia teve início na última quinta-feira (20) e termina neste domingo (23) no auditório da Uninovafapi

O aneurisma ou derrame cerebral é responsável pela morte de 6,5 mil pessoas ao ano no Brasil. Trata-se de uma doença neurológica grave, cujos sintomas só aparecem quando há o sangramento e por conta disso de cada 100 pessoas que sofrem desse mal pelo menos 20 morrem antes mesmo de chegar ao hospital. Porém, a medicina vem avançando nos tratamentos e essa evolução está presente no Piauí. “Os tratamentos com técnicas endovasculares vem apresentando bons resultados e houve um avanço muito grande na última década”, destacou o médico neurocirurgião Benjamim Pessoa Vale, diretor do Instituto de Neurociências.

Imagem: Reprodução Congresso Piauiense de Cirurgia(Imagem:Reprodução) Congresso Piauiense de Cirurgia


Ele foi um dos médicos que participou do I Congresso Piauiense de Cirurgia - Copic, que começou na última quinta-feira (20) e se estende até hoje (23) no auditório da UniNovafapi. O tema abordado pelo médico foi justamente o “Tratamento do Aneurisma Cerebral”. Durante a apresentação, o neurocirurgião chamou atenção dos estudantes de medicina para a importância em se conhecer – antes de escolher o tratamento – o tipo e a dimensão do aneurisma. “É preciso analisar as características antes de definir o tratamento mais apropriado”, completou.



No período de 1999 a 2014, Benjamin atendeu 759 pacientes com diagnóstico de aneurisma cerebral. Desses, em 82% dos casos o tratamento escolhido foi o de “embolização com micromolas”. No mesmo módulo de discussões, o também neurocirurgião Antônio Carlos Barbosa falou dos tumores medulares. O médico também faz parte do quadro clínico do Instituto de Neurociências e, na oportunidade, explicou que essa se trata de uma patologia rara, onde a cirurgia é o tratamento mais indicado.



“Quando o tumor é diagnosticado a indicação é que a cirurgia seja feita o quanto antes, assim as chances de déficits neurológicos são bem menores. Cerca de 90% dos pacientes sobrevivem após a cirurgia”, afirmou. Sobre os tratamentos complementares, a exemplo da radioterapia, o neurocirurgião explicou que não há resultados satisfatórios e que esses tratamentos só são indicados quando a doença está num estágio muito avançado.



O QUE É UM ANEURISMA?




É uma dilatação que se forma na parede enfraquecida de uma artéria do cérebro. A pressão normal do sangue dentro da artéria força essa região menos resistente e dá origem a uma espécie de bexiga que pode ir crescendo lenta e progressivamente. Os maiores riscos desse afrouxamento do tecido vascular são ruptura da artéria e hemorragia ou compressão de outras áreas do cérebro.

Apenas 2/3 dos pacientes sobrevivem, mas cerca da metade permanece com seqüelas importantes que comprometem a qualidade de vida. A ruptura inicial de um aneurisma cerebral leva a morte quase um terço dos pacientes. Alguns pacientes apresentam dois ou mais episódios de hemorragia do aneurisma cerebral. Em cada uma das hemorragias o risco de morte vai se somando.

A ruptura do aneurisma pode ocorrer durante toda a vida, mas é mais freqüente entre a quarta e quinta década de vida. Muitas pessoas nascem com aneurismas cerebrais, os chamados aneurismas congênitos os quais, ao longo da vida, podem aumentar e romper.

Causas

* Predisposição familiar (15% dos portadores de aneurisma pertencem a uma família em que a incidência da enfermidade é maior);

* Hipertensão arterial (pressão alta facilita o desenvolvimento e a ruptura dos aneurismas);

* Dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol e triglicérides);

* Diabetes;

* Cigarro;

* Álcool.

Sintomas

Aneurismas pequenos costumam ser assintomáticos. Quando crescem, podem comprimir uma estrutura cerebral e provocar sintomas que variam conforme a área do cérebro afetada.

A manifestação mais evidente dos aneurismas é a ruptura seguida de hemorragia. A intensidade dos sintomas está diretamente relacionada com o tamanho e a extensão do sangramento. Os mais comuns são dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, perda da consciência. Sangramentos abundantes podem ser fatais.

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