Nessa terça-feira (28), a Polícia Federal realizou buscas no Tribunal de Contas do Estado (TCE), em Alagoas. Os agentes da PF, cumpriram uma determinação do Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas. Foram recolhidos documentos e dados, inclusive, arquivos digitais na sede do TCE.
A ação é um desdobramento da Operação Rodoleiros, que foi deflagrada em 2011, que investiga servidores e conselheiros do órgão suspeitos de integrar um esquema de fraudes no pagamento da folha salarial.
Todo o material que foi recolhido durante a ação foi encaminhado à sede da PF em Alagoas, em Jaraguá. O desdobramento da operação está apurando fatos relativos aos anos de 2007 a 2010.
O procurador-geral adjunto do TCE, Linaldo Freitas, falou que durante as buscas no órgão não houve apreensão, mas que foram solicitadas informações relativas à folha de pagamento do órgão e fichas funcionais de servidores.
Em 2011, a PF deflagrou a Operação Rodoleiros. Além dos servidores e conselheiros, funcionários de um banco privado são suspeitos de participarem do esquema que fraudou restituições do Imposto de Renda e a folha salarial do órgão. O esquema teria movimentado mais de R$ 60 milhões.
Na época, a PF solicitou à Receita Federal uma análise minuciosa das declarações de Imposto de Renda retido na fonte – DIRFs do TCE/AL e descobriu mais ilegalidades, a exemplo de pessoas mortas ou que nunca possuíram nenhum vínculo com o Tribunal apresentando a declaração à RF.
De acordo com o G1, em 2013, o Ministério Público do Estado (MP-AL) ajuizou uma ação civil pública de responsabilidade por atos de improbidade administrativa contra oito pessoas, dentre servidores do TCE/AL e funcionários do Banco Bradesco, pelo desvio de recursos na Corte de Contas.
O MP processou dois conselheiros aposentados por envolvimento no esquema, Isnaldo Bulhões Barros e Luiz Eustáquio Toledo, no dia 15 de março.
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