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Polícia do Rio procura traficante mais antigo no poder

A recompensa oferecida por informações que levem à prisão de Guarabu está estipulada em R$ 10 mil.

O traficante Fernando Gomes de Freitas, conhecido como Fernandinho Guarabu, controla há 13 anos a região da Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. Ele é o traficante que há mais tempo está em liberdade à frente da venda de drogas de uma comunidade na cidade.

Uma investigação iniciada em 2013 por policias civis e militares identificou ao menos 19 PMs suspeitos de receber propina de Guarabu.

Soldados, cabos e sargentos que integraram o Grupo de Ações Táticas (GAT), responsável por operações em comunidades da Ilha do Governador participavam do esquema, segundo os investigadores. Alguns já foram retirados da unidade pelo atual comando, por diversos motivos.

Em 2015, a investigação foi entregue ao Ministério Público estadual e, desde então, está sob análise de promotores.

De acordo com o G1, entre os anos de 2003 a 2016, a Justiça do Rio expediu 14 mandados de prisão contra Guarabu por crimes de homicídio, tráfico, associação ao tráfico e porte ilegal de armas, no entanto, ele nunca foi preso.

Desde de 2004, Guarabu está no comando das comunidades, depois de uma guerra pelas bocas de fumo, que começou em setembro de 2003. Pelo menos 20 pessoas morreram em ataques ao Morro do Dendê.

  • Foto: ReproduçãoFernandinho Guarabu está no comando do tráfico da Ilha do Governador há 13 anosFernandinho Guarabu está no comando do tráfico da Ilha do Governador há 13 anos

Ainda segundo as investigações, PMs ganham cerca de R$ 5 mil por mês do tráfico para não reprimir o crime organizado. Em troca, também não são atacados. A recompensa oferecida por informações que levem à prisão de Guarabu está estipulada em R$ 10 mil.

Para se manter no poder, além da propina paga a PMs, Guarabu tem olheiros espalhados pela Ilha do Governador, que tem apenas um ponto de entrada por terra: a Ponte do Galeão. Qualquer movimentação considerada suspeita na Avenida Paranapuã – uma das principais do bairro – e em outras vias de acesso às comunidades é reportada à chefia do tráfico.

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