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Arraial - Piauí

Polícia Federal deflagra 'Operação Imperador' em três estados

A operação Imperador tem como foco desarticular uma quadrilha especializada em fraudes contra o INSS.

  • Foto: Sílvio TúlioOperação Imperador da Polícia FederalOperação Imperador da Polícia Federal

Uma operação, denominada “Imperador”, que foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quinta-feira (6), tem como foco desarticular uma quadrilha especializada em fraudes contra o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) em três estados do país, onde os suspeitos usavam documentos falsos, originários do Piauí e do Maranhão e atuavam em todo território nacional.

A investigação da PF aponta prejuízo de aproximadamente R$ 2,3 milhões aos cofres da Previdência Social (considerando 62 benefícios analisados). São aproximadamente sessenta policiais federais, que estão cumprindo 22 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, um de prisão temporária, dois de condução coercitiva e oito de busca e apreensão nos estados de Goiás e Piauí, além do Distrito Federal. As medidas estão sendo acompanhadas por seis servidores da Previdência Social.

Segundo a Polícia Federal, para a concretização das fraudes, os suspeitos do crime usavam documentos falsos, como registros de nascimentos e identidades, que eram oriundos dos estados do Piauí e do Maranhão. Além da PF, a operação Imperador, tem o apoio da Assessoria de Pesquisa Estratégica da Previdência.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, a Operação Imperador é resultado de três anos de investigações. O esquema começou a ser descoberto quando recebimentos irregulares de benefícios assistenciais foram identificados em diferentes estados.

A PF descobriu que os documentos falsos eram protocolados em agências do INSS em Goiás e no Distrito Federal, onde obtinham a concessão dos benefícios. A corporação diz que, além dos prejuízos já registrados, a operação evitou o rombo de mais de R$ 9,3 milhões (considerando a expectativa de vida das pessoas, de acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que seriam recebidos pela quadrilha, se as fraudes não fossem descobertas, isso considerando a expectativa de vida dos falsos segurados. As diligências identificaram, ainda, que os investigados também atuavam em fraudes para obtenção de seguro desemprego, a partir da inserção de vínculos laborais fictícios.

A investigação, que teve início há cerca de três anos, identificou um enorme esquema de recebimento irregular de benefícios assistenciais – LOAS e previdenciários – em diferentes estados, a partir das documentação falsas originárias no Piauí e no Maranhão.

Os integrantes da organização criminosa utilizavam registros de nascimentos e identidades falsas com dados inexistentes. Esses documentos serviam para instruir os processos de concessão de benefícios assistenciais e previdenciários que eram aprovados em agências do INSS no Estado de Goiás e no Distrito Policial. Ainda na manhã de hoje (6), a PF vai conceder uma entrevista coletiva na sede da corporação em Goiânia, a fim de dar detalhes sobre a operação Imperador.

Nome da operação

A palavra “Imperador”, que denomina a operação, faz alusão ao município piauiense de Pedro II, no Norte do Estado, onde foi apresentado um grande número de certidões de nascimento falsas nos requerimentos junto à Previdência Social.

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