Fechar
GP1

Uruçuí - Piauí

Prefeito Dr.Wagner é alvo de investigação da Polícia Civil

A investigação teve início após ser lavrado Boletim de Ocorrência. O delegado que investiga o caso pediu a Justiça dilação de prazo para concluir o inquérito.  

O prefeito de Uruçuí, Francisco Wagner Pires Coelho, o conhecido “Dr.Wagner”, está sendo investigado em inquérito policial por suposto homicídio culposo com causa de aumento de pena, crime tipificado no art.121, parágrafos 4° e 5° do Código Penal.

O inquérito foi instaurado pelo delegado Jarbas Lopes de Araújo Lima, em 17 de setembro de 2014.

A investigação teve início após ser lavrado Boletim de Ocorrência noticiando a morte de um nascituro em decorrência do médico não ter dado a devida assistência a parturiente.

Segundo a noticiante, Aline Silva Rodrigues, no dia 09 de abril de 2014, por volta da 15h30min, deu entrada no Hospital Regional Senador Dirceu Arcoverde para dar luz a seu filho. As 19h00min ocorreu o rompimento da bolsa e as 20h00min começou o parto onde o médico plantonista, Dr.Wagner, aplicou uma injeção para induzir o parto e saiu do quarto deixando-a sozinha com a enfermeira que realizou o procedimento, onde seu filho nasceu morto.  

  • Foto: Lucas Dias/GP1Dr. Wagner, Prefeito de UruçuíDr. Wagner, Prefeito de Uruçuí

A enfermeira Guiane Lima Marques dos Reis, afirmou em depoimento que o médico ao atender a paciente estava visivelmente nervoso “em estado psicológico alterado” e que após a aplicação da injeção para induzir o parto, saiu da sala para realizar uma cesariana e que em menos de 30 minutos a criança nasceu.

Segundo a enfermeira, “após a injeção para o induzir o parto, o normal é o médico esperar, pois a qualquer momento pode ocorrer o parto”.

O médico afirmou em depoimento que na noite do ocorrido realizou uma cirurgia de apendicite e em seguida uma cesariana, e que teria sido chamado pela mãe de Aline na porta da sala de cirurgia, dizendo que a enfermeira Guiane estava chamando-o na sala de parto e que ao adentrar se deparou com a mesma tentando reanimar o feto. O médico negou ter mandado aplicar um indutor de parto e finalizou afirmando ser inimigo pessoal do então diretor do Hospital e que a acusação feita a sua pessoa é decorrente de animosidade política.

O delegado que investiga o caso pediu a Justiça dilação de prazo para concluir o inquérito.  

Com a diplomação e posse do médico no cargo de prefeito os autos do inquérito deverão ser enviados ao Tribunal de Justiça, em razão do foro por prerrogativa de função (foro privilegiado).

Outro lado

Procurado pelo GP1 na manhã desta quinta-feira (04), o prefeito Dr. Wagner não foi localizado para comentar a investigação. O GP1 está aberto para quaisquer esclarecimentos. 

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.