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Presidente do Sinpoljuspi denuncia que presos se alimentam em sacos plásticos

Segundo a denúncia, os presos da Penitenciária Mista de Parnaíba estão se alimentando em sacos plásticos em vez de vasilhas ou pratos e precisam usar as mãos para se alimentarem.

O site UOL divulgou nesta terça-feira (21) matéria sobre a situação do sistema prisional do Piauí. A matéria é com base em denúncia realizada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi).

Segundo a denúncia, os presos da Penitenciária Mista de Parnaíba estão se alimentando em sacos plásticos em vez de vasilhas ou pratos e precisam usar as mãos para se alimentarem. "Com o uso diário e o tempo, o plástico dessas vasilhas endurece e se quebra. A Sejus [Secretaria de Estado de Justiça] não está repondo e disponibiliza sacos plásticos para as refeições serem distribuídas", disse o presidente do sindicato, Vilobaldo Carvalho.
Imagem: DivulgaçãoRefeições dividido em sacos plásticos(Imagem:Divulgação)Refeições dividido em sacos plásticos
Outro problema recorrente no local é a superlotação. A Penitenciária de Parnaíba tem lotação para 136 presos, mas está com 479. Outro problema é que no mesmo local tem presos condenados, em regime semiaberto e os provisórios que estão aguardando julgamento.

"Para piorar a situação, a unidade é mista. Tem homens e mulheres. Trabalhar numa unidade sem estrutura e com três regimes e para ambos os sexos num só local é uma irresponsabilidade e uma atitude descabida", disse Vilobaldo.

O Sinpoljuspi reclama ainda das condições precárias de trabalho em que os agentes penitenciários são submetidos. Afirma ainda que os presos de Parnaíba estão em condições insalubres, em celas úmidas, sem ventilação e o prédio, por ser de tijolos, a salina está "desmanchando" as paredes.
Imagem: Francyelle Elias/GP1Vilobaldo Carvalho(Imagem:Francyelle Elias/GP1)Vilobaldo Carvalho
"A penitenciária de Parnaíba funciona em um prédio adaptado, onde era o antigo mercado da cidade, sem condições de trabalho para os agentes manterem presos em segurança. As falhas na adaptação do prédio facilitam fugas, que são constantes", disse Vilobaldo Carvalho que defendeu um novo prédio. "O presídio também têm muitos problemas recorrentes nas instalações elétricas e hidráulicas, além da falta de estrutura. Não bastava ali de uma reforma, mas sim de um presídio novo".
Imagem: DivulgaçãoPenitenciária de Parnaíba(Imagem:Divulgação)Penitenciária de Parnaíba

Outro lado

O superintendente de administração penitenciária do Piauí, Wellington Rodrigues, informou ao site UOL que o Estado está adquirindo um lote de 2.500 vasilhas para suprir a necessidade dos internos do sistema prisional, mas que "está com dificuldades na aquisição por conta da quantidade que está indisponível no mercado".

"Compramos 5 mil vasilhas em abril e estamos com a liberação de mais 5 mil, porém já tentamos comprar de imediato e não tem essa quantidade disponível. Por conta disso estamos adquirindo emergencialmente 2.500", disse Rodrigues.
Imagem: Geísa Chaves / GP1Wellington Rodrigues (Imagem:Geísa Chaves / GP1)Wellington Rodrigues 
O superintendente atribuiu o "sumiço" das vasilhas aos agentes penitenciários que "não recolhem as vasilhas e deixam os presos queimarem para fazer fogo e café dentro das celas".

O Sinpoljuspi rebateu afirmando que as 5.000 vasilhas entregues foram de material descartável, tipo "quentinha", e já acabou. O sindicato também respondeu que não há descontrole em recolher as poucas vasilhas de plástico que ainda restam na penitenciária de Parnaíba.

"Nenhum preso quer comer em saco e tem cuidado com a sua vasilha, porém devido ao uso o material se quebra", destacou o sindicato.
Imagem: DivulgaçãoPenitenciária Irmão Guido(Imagem:Divulgação)Penitenciária Irmão Guido
Imagem: DivulgaçãoPenitenciária Irmão Guido(Imagem:Divulgação)Penitenciária Irmão Guido

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